Praticante do ocultismo, pretendiam ficar com o filho da vítima, quando a criança nascesse 

Um casal, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Tupã acusado de manter uma mulher refém há vários meses trancada dentro da casa e também de agredir e abusar de duas crianças. Quando a polícia invadiu o local, os menores confirmaram os abusos.

O caso só foi descoberto após uma denúncia anônima. Assim que recebeu a informação, a delegada Renata Hipólito montou uma operação e foi ao local, constatando os crimes.

Uma câmera foi instalada para evitar que a vítima fugisse.

Pelo que foi apurado até agora, o homem envolvido no caso veio de Sergipe após conhecer pelas redes sociais a dona do imóvel em Tupã, onde tudo estava acontecendo. Ele passou a morar alí e depois de um certo tempo também trouxe a sua esposa que morava naquele Estado nordestino.

Mas, o que era para ser uma "ajuda humanitária" se tornou um terror para a companheira dele que aceitou vir morar em Tupã.

Ela relatou aos policiais que era obrigada a cuidar das três crianças da dona da casa, além de ser agredida por ambos e ameaçada de morte caso tentasse fugir.

Tanto que até uma câmera de segurança foi instalada para monitorar os passos da vítima. Isso já vinha ocorrendo há vários meses. O equipamento foi apreendido pela DIG.

Estupro de vulnerável e ocultismo

O caso ficou ainda mais grave quando um dos filhos da dona da casa, de 10 anos, denunciou que tinha sido vítima de abuso sexual no momento em que dormia na mesma cama com o homem.

Celulares dos acusados e a câmera foram apreendidos. Investigações prosseguem.

Sua irmã, de nove anos, também estava desesperada afirmando que era brutalmente agredida pela mãe, que lhe batia com as mãos, pedaço de pau e sapatos, deixando-lhe diversas marcas pelo corpo.

A vítima do cárcere privado, que está gravida, denunciou aos policiais que além de ficar refém do casal, a dona do imóvel é adepta do ocultismo (crença na ação ou influência dos poderes sobrenaturais ou supranormais) e que, por isso, ela e o homem ficariam com o bebê assim que ele nascesse.

Prisão em flagrante

Diante da gravidade das denúncias, a delegada Renata Hipólito autuou em flagrante o casal pelos crimes de cárcere privado qualificado e estupro de vulnerável.

O Conselho Tutelar foi acionado para cuidar das crianças de nove e 10 anos, bem como de um bebê de um ano e nove meses que também era filho da mulher presa. Com informações João Mário Trentini.

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