Casa em Marília era usada como cativeiro de caminhoneiro sequestrado

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DIG de Marília identifica criminosos de quadrilha que agia em vários Estados. Dois estão presos.

Uma casa na chácara São Carlos, na zona oeste de Marília, era usada como cativeiro para sequestro de pelo menos um dos caminhoneiros que foram vítimas de uma quadrilha especializada no roubo de caminhões que age em diversos Estados.

A informação foi divulgada nesta manhã pelo delegado Marcelo Sampaio, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Dois envolvidos já foram presos e outros seis devem ter a prisão preventiva apresentada na justiça.

Pelo que a DIG de Marília apurou, essa quadrilha agia principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Sempre com a mesma tática: após sequestrar os motoristas, deixava-os em cativeiros até que os caminhões e carretas eram levados para Ponta Porã-MS e Novo Mundo-SP, que fazem divisa com o Paraguai.

Nessas cidades, os veículos eram "preparados", ou seja, passavam a utilizar de placas clonadas, visando o transporte de drogas e cigarros para pontos diferentes do Brasil. 

Roubo em Marília

A quadrilha foi "desbaratada" a partir de um assalto ocorrido no final de agosto em Marília. A vítima foi atraída até à cidade para fazer um frete de uma carga, porém enquanto um "funcionário" supostamente vistoriava o veículo (usava até jaleco e capacete), surgiu outro criminoso que anunciou o assalto.

Quadrilha sempre usava jalecos e capacetes para atrair as vítimas. Na foto, um dos casos descobertos pela Polícia Civil na região.

O motorista foi colocado em um carro e levado até ao cativeiro (casa na chácara São Carlos), onde permaneceu por cerca de três dias.

Só depois que foi levado para outro local, a céu aberto e amarrado numa moita, é que conseguiu se soltar e avisar a polícia.

Era o tempo que a quadrilha precisava para levar a carreta "em segurança" ao destino dos criminosos.

Para sorte do proprietário, dias depois a carreta foi localizada no Estado do Paraná, abandonada às margens da rodovia BR 376, município de Nova Esperança, carregada com grande quantidade de cigarros. O condutor conseguiu fugir.

Desvendando o caso

A DIG de Marília foi acionada, após a libertação do caminhoneiro, e passou a investigar o caso.

Descobriu, por exemplo, que um dos integrantes da quadrilha (o tal "vistoriador") havia usado um cartão da vítima sequestrada, no dia do roubo, em um varejão em Marília.

Pelas câmeras de segurança, ele ainda estava usando as mesmas roupas e capacete do momento em que rendeu o caminhoneiro atraído para o golpe do "falso frete". Ele foi preso e reconhecido pela vítima.

O outro envolvido foi identificado graças ao sistema de rastreamento da carreta. Foi possível monitorar o trajeto do caminhão e, em um dos postos de combustíveis, onde o veículo parou para abastecer (no Paraná) foi possível captar imagens do condutor.

Quadrilha especializada

O assalto em Marília era apenas uma ponta do "iceberg" dessa quadrilha que já mobilizada unidades especializadas da Polícia Civil por todo o Estado.

Integrantes de organização criminosa que roubava caminhões foram presos em Regente Feijó, na região de Prudente.

O DEIC de Presidente Prudente, em setembro, prendeu parte do bando pelos crimes porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.

Ao serem interrogados, dois deles confessaram o roubo ocorrido em Marília e a identificação de mais quatro envolvidos nesse caso.

"Vários indivíduos se encontram presos, sendo que o Inquérito Policial da DIG de Marília está em face final de investigação onde será postulado pela prisão dos seis envolvidos no crime", informou o delegado titular da DIG/Marília, Marcelo Sampaio.

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