Falar pouco, ser objetivo, interromper apenas em último caso, não fazer julgamento, aparecer o menos possível. Assim deve agir um entrevistador na TV. Carolina Ferraz seguiu a cartilha à risca ao ficar frente a frente com Ana Hickmann e teve atuação impecável.
A entrevista com duração de 38 minutos teve edição discreta, assim como manda o manual do Jornalismo ético e profissional.
Ela acertou ao deixar a entrevistada desabafar livremente. Fez apenas comentários pontuais e oportunos. Ao mesmo tempo, demonstrou empatia sem que isso interferisse na conversa, agindo com elogiável profissionalismo.

Em situações semelhantes, estamos acostumados a ver âncoras, apresentadores e repórteres não disfarçarem o desespero em aparecer tanto ou mais do que o entrevistado. Querem projeção em cima do drama alheio, fazem interrupções desnecessárias, perguntas repetitivas, dão opinião e forçam emoção.
Jornalismo não é teatro. Quem entrevista não deve se colocar na frente dos holofotes.
Ao sair da zona de conforto do estúdio principal, seja para gravar uma matéria na rua ou uma entrevista, a apresentadora tem mostrado coerência e a compostura que a missão exige. Além disso, dá um show de elegância por onde passa.

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