Cardeal assessor do papa e tesoureiro do Vaticano é condenado por abuso sexual infantil

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A primeira cúpula sobre abuso sexual infantil na Igreja Católica, realizada no último fim de semana no Vaticano, foi encerrada com um sermão do arcebispo de Brisbane, o australiano Mark Coleridge.

"No abuso sexual", disse o arcebispo, "os poderosos põem as mãos nos mais fracos e mais vulneráveis do Senhor".

Ele poderia estar descrevendo as ações de um de seus conterrâneos, o cardeal George Pell, que se tornou o membro de mais alto escalão da Igreja condenado por abusos sexuais contra menores.

O cardeal foi considerado culpado por abusos sexuais, por ter, segundo entendimento do júri, molestado dois integrantes do coral religioso nas dependências de uma catedral de Melbourne, na Austrália, em 1996.

A decisão, de uma corte em Melbourne, foi proferida em dezembro, mas por motivos legais só foi divulgada nesta semana. Pell se declarou inocente e disse que apelaria contra a decisão. A sentença ainda não foi decidida.

George Pell tem 77 anos e havia sido nomeado pelo Papa Francisco como prefeito da Secretaria de Economia - que administra as volumosas finanças do Vaticano.

Ele tinha sido arcebispo de Sydney desde 2001, antes de se mudar para Roma, em 2014, para o novo cargo. Na função de tesoureiro, se tornou um dos funcionários mais poderosos da Igreja.

Era conhecido entre funcionários como "Cardeal Rambo" - um apelido respeitoso por seu impacto positivo nas finanças da igreja.

Além de comandar uma reforma crucial nas caóticas finanças da Igreja, também tinha sido indicado pelo Papa Francisco como um dos nove membros do seu Conselho de cardeais conselheiros, conhecido como C9. Abuso sexual infantil.

A notícia de condenação do cardeal é tida como um duro golpe não só para a Igreja, mas também para o Papa Francisco, pois Pell tinha se tornado um dos assessores mais próximos.

O cardeal de 77 anos poderá ter de trocar o Palácio Apostólico por uma cela de prisão. 

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