Nascida como uma cidade projetada para o turismo, Cancún, no México, passou seu aniversário de 50 anos com suas idílicas praias desertas.
Há quase três meses, por conta da pandemia de covid-19, o famoso destino turístico teve seus gigantescos hotéis e boates fechados. Suas ruas, normalmente lotadas, estão praticamente vazias.
Apenas a população local permaneceu, a mesma que quase praticamente toda vive — direta ou indiretamente — do turismo, agora fortemente impactado, assim como seus trabalhadores, pela paralisação imposta pelo coronavírus.
Já considerando como perdida a alta temporada de verão (para o hemisfério norte), as autoridades locais tentam recuperar pelo menos parcialmente a atividade pelo restante do ano e lutam para atrair novamente visitantes.
Apesar do México ainda estar na fase de risco máximo de transmissão de coronavírus, de acordo com o governo, Cancún e o Caribe mexicano se tornaram, nesta terça-feira (9), um dos primeiros grandes destinos turísticos da região a abrir parcialmente hotéis e serviços para viajantes.
Sabendo dos receios de se viajar ainda durante a pandemia, empresários garantem que cumprirão todos os protocolos para garantir a saúde dos trabalhadores e clientes nessa volta que, eles sabem, será lenta e gradual no que resta do ano.
Apesar da reabertura, muitos turistas ainda hesitam em viajar com medo de infecções e outros ainda não podem fazê-lo até que as companhias aéreas retomem seus vôos para Cancun.
Além das dificuldades impostas pela pandemia de coronavírus, não facilitam a grande quantidade de sargaço (tipo de alga) nas praias e nem os danos causados pela tempestade tropical Cristobal em partes do Estado nos últimos dias.
"Sem dúvida, é o maior desafio da nossa história, mas Cancún tem apenas 50 anos e algo característico de ser tão jovem é ter uma sociedade flexível, com uma cultura resiliente e acostumada a situações complexas, como furacões", diz a secretária de Turismo de Quintana Roo, Marisol Vanegas.
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