Câmara aceita abertura do impeachment

Dilma é acusada de ter cometido crimes de responsabilidade ao praticar as chamadas "pedaladas fiscais". Processo irá para o senado
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Com 342 votos favoráveis (dois terços do total de deputados) já obtidos, a Câmara dos Deputados autorizou na noite deste domingo, 17, o Senado a abrir um processo de julgamento da presidente pelos supostos crimes de responsabilidade, tipo de infração política que pode levar ao impeachment.

Após a aprovação do impeachment na Câmara, a presidente só será afastada do cargo se o Senado também decidir pela continuação do processo. É preciso o voto de 41 dos 81 senadores (maioria simples). Será formada uma comissão de senadores para analisar o caso, num processo que poderá levar até 180 dias.

  Marilienses acompanham votação na Câmara.

Dilma é acusada de ter cometido crimes de responsabilidade ao praticar as chamadas "pedaladas fiscais" (manobras irregulares usadas para melhorar artificialmente as contas públicas) e de ter editado decretos presidenciais autorizando a abertura de créditos suplementares, infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

O governo nega ter cometido irregularidades fiscais, alega que não há prova de nenhum crime da presidente e diz que o processo de impeachment é parte de um "golpe" tramado por seus opositores.

Segundo os autores do pedido de impeachment da presidente, os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e a advogada Janaína Paschoal, as "pedaladas fiscais" teriam sido praticadas em 2014 e reeditadas em 2015, já no segundo mandato de Dilma. Os juristas também apontam crime de responsabilidade da presidente na edição de seis decretos autorizando despesas extras num total de cerca de R$ 2,5 bilhões, em 27 de julho e 20 de agosto de 2015, sem a autorização devida do Congresso Nacional.

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