O cabeleireiro José Roberto Silveira, de 59 anos, encontrado morto no fim de semana com os punhos e as pernas amarradas dentro de casa, em bairro nobre de São Paulo, deverá ser sepultado em Garça, cidade onde nasceu. Os horários de velório e sepultamento ainda não foram definidos pela polícia.

O caso é tratado pela Polícia Civil como homicídio. O corpo de vítima foi encontrado pelo sócio e a prima dele. Além dos membros amarrados, estava amordaçado por uma toalha de rosto presa com um fio branco semelhante ao de um carregador. O corpo também tinha hematomas nos braços, ombros e na região do nariz. No braço esquerdo, havia um ferimento compatível com marca de mordida.

O registro policial também aponta que os travesseiros da cama onde o corpo foi encontrado estavam com manchas que aparentavam ser de sangue. Ao lado da cama, havia uma jarra de uma bebida que parecia ser alcoólica e no banheiro havia uma faca de cozinha apoiada sobre uma toalha na pia. Não havia sinais visíveis de sangue no material.

Pelo que a polícia apurou até agora, o cabeleireiro voltou para casa com dois homens não identificados no carro. Às 5h53, as imagens flagram os dois indivíduos abrindo o portão frontal da residência e saindo a pé, caminhando pela rua.

Quem era a vítima

José Roberto Silveira, conhecido como Betto Silveira, por muitos anos manteve  um salão no bairro Araceli e por preparar modelos em desfiles e eventos na cidade. No início dos anos 1990, mudou-se para a capital paulista, onde abriu um salão na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

Ele vivia com a mãe, de 98 anos. Segundo um amigo, a casa era alugada e sempre havia inquilinos, porque Betto mantinha um dos cômodos anunciado em uma plataforma de locação por curta duração. Testemunhas relataram à polícia que ele havia terminado um relacionamento recentemente e marcava encontros por aplicativos.