Óbitos em Cartórios apontam 2020 como o ano mais mortal da história do estado

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Média anual de crescimento de registros de óbitos passou de 2% ao ano para 17,2% em 2020. Só em Marília foram 142 mortes confirmadas até agora.

A pandemia causada pelo novo coronavírus, que atingiu em cheio o Brasil e já causou a morte de mais de 200 mil pessoas, transformou 2020 no ano mais mortal da história do estado de São Paulo. Só em Marília, foram registrados 142 óbitos e mais dois suspeitos só por conta da Covid-19.

Desde o início da série histórica das Estatísticas Vitais de óbitos do Registro Civil, em 1999, nunca morreram tantos paulistas em um só ano, e nunca houve uma variação anual de óbitos tão grande como a ocorrida na comparação entre 2019 e 2020.

Segundo os dados do Portal da Transparência, plataforma administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), os óbitos registrados pelos Cartórios de São Paulo em 2020 totalizaram 356.877, ou seja, 17,2% a mais que no ano anterior, superando a média histórica de variação anual de mortes no estado que era, até 2019, de 2% ao ano.

O número de óbitos registrados em 2020 pode aumentar ainda mais, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns Estados brasileiros expandiram o prazo legal para registro de óbito em razão da situação de emergência causada pela COVID-19.

A pandemia trouxe também reflexo em outras doenças que registraram aumento considerável na variação entre os anos de 2019 e 2020. Foi o caso das mortes causadas por doenças respiratórias, que cresceram 27,5% na comparação entre os anos, passando de 125.598 para 160.218.

Entre as doenças deste tipo, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) explodiu, registrando crescimento de 723%, seguida pelas de Causas Indeterminadas, que registraram aumento de 26,7%.

Mortes em casa disparam

O receio das pessoas frequentarem hospitais ou mesmo realizarem tratamentos de rotina durante a pandemia, assim como a falta de leitos em momentos críticos da COVID-19 no Brasil, fez com que o número de mortes em domicílio disparasse no estado de São Paulo.

Quando se comparam os anos de 2019 e de 2020, registrando um aumento de 15,3%. Ocorreram também alguns casos em Marília, dentre as 142 mortes.

As mortes por SRAG fora de hospitais cresceram 1.600%. Também aumentaram os óbitos por Septicemia (11,6%) e Causas Indeterminadas (47,9%). Os registros de óbitos, feitos com base nos atestados assinados pelos médicos, apontam que 1.492 paulistas morreram de COVID-19 em suas casas.

Histórico de mortes

A COVID-19 é uma doença altamente contagiosa que já deixou quase 2 milhões de mortos no mundo. A primeira morte em decorrência da infecção pelo novo coronavírus foi registrada no Brasil no dia 16 de março.

Entre seus sintomas, estão tosse seca, coriza, dor no corpo e febre - todos muito semelhantes aos apresentados em casos de gripes e resfriados. Mais de 200 mil pessoas já faleceram no Brasil vítimas da doença.

 

 

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