Um rapaz de 28 anos, bacharel  em Direito, mas que não conseguiu aprovação na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi preso em Reginópolis (a cerca de 100 km de Marília) acusado de extorquir um suposto cliente. A vítima, que responderia a processo por violência doméstica disse que pagou mais de R$ 7.200,00 ao falso advogado para não parar atrás das grades.

Pelo que a polícia apurou, ele já havia atuado como advogado na mesma cidade, utilizando dados de outros profissionais, como número da OAB. No ano passado, a Polícia Civil já havia instaurado um inquérito policial por estelionato e falsa identidade, chegando inclusive a participar de audiências online.

Ele fez um acordo de não persecução penal (a pessoa confessa e aceita cumprir algumas condições e, em troca, o Ministério Público não apresenta denúncia) e, dessa maneira, o processo foi suspenso.

Mais casos

Segundo a Polícia Civil, também em 2024, o mesmo bacharel passou a ser investigado em outro inquérito, decorrente de comportamento semelhante. O procedimento está em fase final.

Agora, decidiu atuar neste caso de violência doméstica, cujo acusado foi denunciado pelo Ministério Público e virou réu. “Ele passou a procurar um defensor e o indicaram”, acrescenta o delegado de Reginópolis, Richard Serrano. O falso advogado pediu R$ 2.500 para atuar no processo, e o valor foi pago.

No entanto, toda semana era procurado pelo falso advogado, que lhe apresentava uma ordem judicial falsa e exigia pagamento de custas processuais sob pena de prisão, totalizando R$ 7.200,00.

A família procurou a Polícia Civil (foto). Com isso, o rapaz preso e  autuado em flagrante. A justiça decretou sua prisão preventiva, ou seja, vai permanecer na cadeia até o fim das fases policial (inquérito) e judicial (processo).

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