Decisão do prefeito de Marília de não aceitar o Plano SP tem repercussão nacional. Agora, prefeitos da Baixada Santista pretendem tomar decisão também de forma autônoma

O prefeito Daniel Alonso não deve ficar mais sozinho na "batalha" contra o governador João Doria para reabertura do comércio de forma mais ampla e bem diferente do Plano SP. Agora, são os prefeitos da Baixada Santista que pretendem se "rebelar" contra Doria. Em reunião, eles decidiram que irão atuar de forma autônoma, ou seja, flexibilização por cidade.

O decreto assinado pelo prefeito Daniel Alonso, que pulou a cidade para a fase "verde" do plano (e não "laranja", como pretendia a equipe técnica do Palácio dos Bandeirantes) teve repercussão nacional.

Daniel foi o entrevistado especial do programa "No Pingo dos Ís", da rede Jovem Pan de rádio, respondendo às perguntas de renomados jornalistas e explicando os motivos de não aceitar os critérios que prejudicaram a região de Marília.

O que mais repercutiu na sua entrevista foi a afirmação de que "quarentena não é vacina".

Confira a entrevista do prefeito Daniel Alonso à Jovem Pan:

"Rebelião" de prefeito

A atitude de Daniel Alonso levou outros prefeitos a adotarem a mesma decisão, ou seja, não concordar com a classificação de regiões para flexibilização das atividades econômicas durante a quarentena. É o caso, por exemplo, da Baixada Santista que ficou na chamada "fase vermelha", portanto permanecendo no nível de isolamento social mais rígido possível.

Prefeitos da Baixada Santista concordaram em adotar medidas de forma independente do Estado

A expectativa das administrações municipais era de uma reclassificação das cidades da Baixada Santista já durante esta quarta-feira (3) e que as consideraria aptas a deixar a Zona Vermelha, que serve para classificar as cidades mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus e que deveriam seguir no nível de isolamento social mais rígido possível.

Nove prefeitos daquela região vão adotar uma postura diferente, ou seja, exigem uma flexibilização maior (no mínimo laranja). Em reunião por meio de videoconferência decidiram começar a atuar de forma autônoma, com reabertura do comércio e outros segmentos por entender que a pandemia está controlada.