Entidade conta atualmente com cerca de oito mil pessoas que fazem o tratamento.
A Associação Canábica Maria Flor, fundada há quatro anos em Marília, por um grupo de mães em busca de cura e qualidade de vida para seus filhos, recebeu o título de “Utilidade Pública” aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal. Hoje, a entidade tem cerca de oito mil associados.
Com o título, a entidade terá condições de criar novas parcerias e buscar recursos para expandir a distribuição deste medicamento feito a base da planta da maconha.
A associação realiza um trabalho junto à comunidade Mariliense através do Clube do Paciente com atendimentos como ecoterapia e terapias recreativas para crianças, idosos e pessoas em geral com acolhimento e cuidados que englobam a saúde dos pacientes além do tratamento medicinal do óleo de cannabis.
Mãe em desespero
A história da entidade começou com o apelo de uma mãe em desespero. Claudia Marin, mãe de Mateus, via seu filho ter crises convulsivas constantes e diárias.
Ao relatar sua história na imprensa, na busca pela liberação do tratamento com óleo de cannabis, teve a solidariedade de um casal de cultivadores que fabricava o óleo para tratamento de sua família.
Claudia se tornou uma das principais ativistas em prol da causa canábica da cidade de Marília.
“Para ver meu filho vivo e tendo qualidade de vida superei todo preconceito, barreira e dificuldades, e hoje tenho a oportunidade de medicá-lo com um remédio que sabemos como é plantado, cuidado e extraído, me orgulho de fazer parte da Asssociação Canábica Maria Flor e poder ajudar outras mães”, relata Claudia.
A importação deste remédio não é acessível para a grande maioria das pessoas que precisam do tratamento, fazendo que a entidade se torne uma das únicas possibilidades de se adquirir um produto natural e nacional acessível, criando assim uma sororidade com mães e famílias atendidas pela Associação Canábica Maria Flor.
Destaque nacional
Iniciada em 2020, a Associação Canábica Maria Flor em dois anos passou de dois pacientes iniciais para 8 mil associados que fazem tratamento com óleo canábico, um avanço que colocou a entidade em destaque nacional.
As lideranças conseguiram reuniões em Brasília para discutir e avançar na busca da liberação deste medicamento, como explica a presidente da Associação Canábica Maria Flor, Fernanda Peixoto.
“Vamos além do fornecimento do óleo, olhamos para cada paciente com amorosidade, dando um cuidado especial e único”, conta a diretora de acolhimento Silvia Almeida.
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