A apreensão de anotações e documentos em Marília com uma das envolvidas na quadrilha e que indicam movimentação típica do tráfico de drogas, ajudaram a Polícia Civil, através da Delegacia de Pirajuí, a descobrir um esquema que usava um servidor público daquela cidade: ele seria coagido a receber drogas e entregar mais de R$ 10 mil em dinheiro a mando de integrantes de uma facção criminosa com influência sobre a Penitenciária I (PI) de Pirajuí.
De acordo com nota da corporação, o caso começou a ser investigado a partir de julho deste ano, quando o servidor (não foi divulgado o seu local de trabalho para garantir sigilo e proteção) procurou a delegacia relatando que havia sido intimidado por membros da organização para intermediar repasses financeiros e transportar entorpecentes sob ameaça de represálias. Tanto que, naquela ocasião, entregou a droga que havia sido entregue pela facção, para comprovar que estava sendo coagido.
Durante as diligências relacionadas à chamada "Operação Intramuros", a Polícia Civil realizou análises telemáticas e financeiras, além de monitorar as comunicações entre o servidor e os suspeitos, revelando "ordens expedidas do interior do presídio e a atuação de colaboradores externos responsáveis por recolher valores e pressionar a vítima, evidenciando a estrutura organizada e hierarquizada do grupo", enfatizou a nota oficial da Polícia Civil.
Criminosos estão presos
Ao final das investigações e com as provas colhidas também em Marília, quatro pessoas foram presas preventivamente, sendo duas que estavam em regime semiaberto e duas em liberdade, todas com vínculos diretos com a facção e participação comprovada nos delitos de tráfico e extorsão.
Com base nas provas colhidas, o inquérito foi concluído e o Ministério Público ofereceu denúncia pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e extorsão. A denúncia foi recebida pela Justiça e os investigados tornaram-se réus em ação penal que está em andamento.
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