Padrasto que foi visitá-lo no hospital, um dia antes, teve um infarto e também faleceu
O adolescente Vitor da Silva, de 16 anos, morreu depois de ficar internado numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde estava internado devido ao uso de cigarro eletrônico. O padrasto dele, João Gonçalves, de 55 anos, já havia morrido no dia anterior quando foi visitar o jovem e teve um infarto fulminante, na recepção do hospital.
O caso ocorreu em Santo Antônio da Platina, no Oeste do Paraná, próximo a divisa com São Paulo (a 140 km de Marília). A mãe de Vitor (e viúva de João) Angélica da Silva contou que o filho estava se queixando de dores de garganta e apresentava episódios de vômitos.
João Gonçalves e Vitor da Silva: fatalidade causada pelo cigarro eletrônico.
Durante a ida ao hospital, os médicos relataram que os rins do jovem estavam falhando e que havia uma infecção nos pulmões. Foi neste momento que Vitor da Silva admitiu que fazia o uso de cigarro eletrônico há cerca de dois meses.
O quadro clínico do adolescente se agravou. Por isso, a mãe ligou para o atual marido (padrasto de Vitor) que foi até o hospital. Ainda na recepção, o homem passou mal, teve um infarto fulminante e morreu. Um dia depois, o jovem também faleceu.
Abalada, Angélica lamentou a morte do filho e do marido e pediu para que a população fique em alerta devido ao cigarro eletrônico:
“Eu nunca mais vou ver meu filho me chamar de mãe. Não consigo dormir, não consigo comer direito porque fico pensando neles. Esse cigarro eletrônico não é brincadeira. Minha família acabou, minha casa está vazia”.
Perigos do cigarro eletrônico
Os cigarros eletrônicos representam grandes perigos sérios à saúde, incluindo doenças pulmonares (como bronquite), problemas cardiovasculares, dependência de nicotina e exposição a substâncias tóxicas como formaldeído e metais pesados.
Além disso, estudos apontam que o uso desses dispositivos pode aumentar o risco de contrair o cigarro convencional e tem associação com sintomas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
?A fumaça inalada por pessoas no mesmo ambiente (fumante passivo) também estão expostas aos mesmos perigos, conforme alerta a a pneumologista do Distrito Federal, Gilda Elizabeth Fonseca:
“Tem muita nicotina e muitos metais pesados que causam mal ao serem queimados e inalados. A fumaça chega muito rápido ao pulmão e ao cérebro, é muito volátil. Isso faz com que seja mais fácil viciar e causar dependência química”.
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