Tatiana Araujo de Oliveira tem 45 anos, mora em São José do Rio Preto e corre desde 2019. Há sete meses decidiu intensificar os treinamentos com apoio de uma assessoria (Equipe Rute Running). Se preparou muito para a sua primeira meia maratona (21 km) que seria em Marília, ou seja, na Maratona Internacional prevista para o domingo (23/03), mas, que acabou adiada. A atleta ficou muito revoltada e, em sinal de protesto, todos da sua equipe que viriam para a competição, decidiram correr na cidade onde moram.
Tatiana com a treinadora Rute Santos.
"Para mim, (o adiamento) teve o peso de um cancelamento. Domingo fizemos nosso próprio percurso em São José do Rio Preto, para não deixar passar em branco todo o treinamento que tivemos visando a maratona de Marília que não ocorreu na data prevista", desabafou Tatiana, em entrevista ao Visão Notícias na tarde desta segunda-feira.
Muitos transtornos
A atleta explica que, além da preparação técnica e física de forma intensificada nos últimos cinco meses, foi preciso remanejar as suas atividades profissionais. Como é atendente do SAMU em Rio Preto, precisa cumprir uma escala. "Tive que me desdobrar, trocar plantões com colegas, só por causa da maratona e o cancelamento ocorreu uma semana antes da prova. É muito ruim", lamentou.
Os demais colegas da sua equipe também se preparam muito para a prova de Marília. Muitos iriam correr a primeira maratona e outros meia maratona. O clima era de muita animação.
Com o adiamento, todos decidiram que não virão mais para Marília, mesmo se a maratona internacional ocorrer em agosto, conforme prometeu o organizador. Estão escolhendo evento semelhante em outra cidade.
Para sorte da equipe, o hotel reembolsou o valor das diárias que tinham sido pagas para a maratona e agora esperam que também consigam de volta o valor da inscrição.
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Correram em Rio Preto
Como treinaram muito para a corrida em Marília e mesmo frustrados com o adiamento, Tatiana e seus colegas de equipe decidiram criar o próprio percurso em Rio Preto, neste domingo, todos percorrendo os 21 km (meia maratona). "Honramos cada gota de suor que derramamos nos treinos", afirmou.
Ela conta que cada passada foi carregada de emoção, superação e um lembrete poderoso: a jornada é tão importante quanto a linha de chegada.
"Assim, transformamos a decepção em um momento único, mostrando que quem corre pelo desafio e pela paixão nunca para!", destacou Tatiana. Fotos: Silvio Cruz e Rafael Fernando
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