Por DanielAlonso*
Na semana que passou se comemorou o Dia do Comerciante. Classe estratégica para o desenvolvimento de qualquer sociedade em qualquer país, os representantes do setor produtivo garantem os suprimentos essenciais para a qualidade de vida da nossa população. Desde tempos remotos, os comerciantes estiveram no alicerce, na base, do crescimento de cidades, de nações.
Quem não se recorda dos livros de escolas, em nossos tempos de ginásio, relatando as navegações portuguesas em buscas de produtos nas Índias, no Oriente? E como não lembrarmos das feiras, o quanto estão enraizadas em nossa cultura, em nossa cidade? Comércio autêntico, a feira permite a negociação direta entre o fornecedor e o consumidor final. Os feirantes são grandes comerciantes e merecem todo o respeito e precisam ser enaltecidos e homenageados de forma intensa.
Por conta de toda esta reflexão, ontem pela manhã quando tomava café na Casa Sol Marília com amigos que me visitavam na ocasião, me ocorreu uma imagem, uma metáfora, que sempre reproduzo quando me perguntam sobre o que é ser empresário no Brasil.
Ser empresário no Brasil, com a elevada carga tributária que sofremos, pesados impostos, decisões políticas atrapalhadas, consiste em ser um navegante. Não um navegante em caravelas potentes, como as de Portugal e da Espanha responsáveis pela descoberta da América, do Brasil e do Novo Mundo, mas um navegante em um barquinho modesto.
Neste barquinho, sozinho, o empresário zarpa para conquistar a outra margem do rio. Nesta saga, vai enfrentar tempestades, ventos, ondas e tudo que mais a própria sorte lhe trouxer. Ao chegar na outra margem, ele é vitorioso. Ninguém tem a fórmula para o sucesso e no momento, a recomendação que transmito aos meus colegas empresários, sejam pequenos, médios ou grandes, é manter o foco nas despesas.
Quem conseguir garantir a estratégia de otimizar os recursos, estabelecendo gastos reduzidos e evitando o desperdício, tem grandes possibilidades de caminhar seguro.Mantenho o otimismo e o otimismo deve ser a marca registrada do comerciante.
Pois, sem o otimismo ele não vai embarcar em sua canoa e enfrentar as adversidades, pois, ser comerciante é encarar adversidades com um sorriso no rosto e uma meta fixa na mente. E, esta meta, certamente, o comerciante promoverá desenvolvimento, progresso e crescimento sólido para todos, para toda sua comunidade e sua cidade.
* Daniel Alonso é empresário, diretor da Casa Sol e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim)
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