Por Daniel Alonso*
A reação solidária que assistimos em Marília nestes últimos dias é emocionante. Pessoas, clubes de serviços, comunidades religiosas e o Poder Público se uniram em uma frente tendo como ideal comum o auxílio às vítimas de um dos piores desastres naturais já registrados na história desta cidade.
A chuva veio, nos pegou de surpresa, assustou a todos, deixou muita gente sem energia e água. Depois, o que nos restou foi avirtuosa força da solidariedade para derrubarmos este obstáculo. Obstáculo este que surgiu para comprovar o quanto somos fortes enquanto sociedade, enquanto cooperamos de forma mútua.
Somos mais fortes quando estamos juntos. É a antiga e sábia história do feixe de lenha, que, aliás, faço questão de reproduzi-la na íntegra para que todos possam desfrutar deste aprendizado.
‘Conta-se que um próspero fazendeiro, dono de muitas propriedades, estava gravemente enfermo. Mas, muito mais que sua doença, o que mais o incomodava era o clima de desarmonia que reinava entre seus quatro filhos. Pensando em dar uma lição importante, ele chamou os quatro para fazer uma revelação importante: Como vocês sabem, eu estou velho, cansado e creio que não me resta muito tempo de vida. Por isso, chamei-os aqui para avisá-los que vou deixar todos os meus bens para apenas um de vocês.
Os filhos, surpresos, se entreolharam e ouviram o restante que o pai tinha a lhes dizer: Vocês estão vendo aquele feixe de gravetos ali, encostado naquela porta? Pois bem, aquele que conseguir partir ao meio, apenas com as mãos, este será o meu herdeiro.
De início acharam um tanto absurda a proposta, mas pensando no prêmio logo começaram a tentar quebrar o feixe.Tentaram, tentaram, e por mais esforços que fizessem, nenhum foi bem sucedido no tentame.
Indignados com o pai, que lhes propusera algo impossível, começaram a reclamar. Este então se colocou em pé, e disse que ele mesmo iria quebrá-lo. Os filhos o fitaram, incrédulos. O velho homem começou a retirar, um a um, os gravetos do feixe, e foi quebrando-os separadamente, até não mais restar um único graveto inteiro.
Voltou o olhar para os filhos e concluiu: Eu não tenho o menor interesse em deixar os meus bens para só um de vocês. Eu quero, na verdade, que vocês, juntos, sejam os sucessores do meu trabalho. Sucessores que trabalhem com garra, dedicação, e acima de tudo, repletos de amor, uns pelos outros.
E disse ainda: Enquanto vocês estiverem unidos, nada poderá pôr em risco tudo que construí para vocês.Nada, nem ninguém, os quebrará! Mas, separadamente, vocês serão tão frágeis quanto cada um destes gravetos’. Reflitam sobre esta parábola que nos tem muito a ensinar!
= = = = = = = ==
* Daniel Alonso é empresário, diretor da rede de lojas Casa Sol e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim).
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288





