Obesidade é uma doença crônica, uma epidemia global da qual só tem aumentado no Brasil. Nos últimos 20 anos, a prevalência de obesidade entre a população adulta mais do que dobrou, passando de 12,2% para 26,8% segundo o IBGE.
Em março a doença está ainda mais em evidência, já que dia 4 foi Dia Mundial da Obesidade.
Estima-se que, se a taxa de crescimento continuar a mesma, poderemos chegar a quase o mesmo índice dos Estados Unidos, o país do hambúrguer e das batatas fritas, onde cerca de 40% da população vive com obesidade.
Se isso já não fosse preocupante, os médicos alertam que o acúmulo de gordura corporal contribui para uma lista enorme de problemas de saúde, como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de artrose, refluxo gastroesofágico e diversos tipos de tumor.
Mas por que, apesar de todas essas evidências, as pessoas, incluindo os profissionais de saúde, têm tanta relutância em considerar a obesidade uma doença e tratá-la como tal?
Durante décadas, os pesquisadores que trabalhavam com esse tema se concentravam na parte comportamental, como se a gordura corporal fosse uma condição individual, decorrente da incapacidade de controlar a balança, fechar a boca e praticar atividade física, em vez de resultado de alterações moleculares e metabólicas do organismo.
"Não tem a ver apenas com a força de vontade. Isto é mito popular. É preciso olhar a obesidade como um balanço fisiológico anormal entre fome e saciedade", questiona Adriana Striebel, médica endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SC).
A obesidade pode ser medida de acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal): o peso da pessoa dividido pela sua altura ao quadrado. Se o resultado for superior a 25 Kg/m2 a pessoa tem sobrepeso. Se passar de 30 Kg/m2, é considerado obesidade. Se tiver doenças associadas, como diabetes e hipertensão, precisa urgentemente rever seus hábitos e buscar ajuda.
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