Por Daniel Alonso *
Recentemente estive conversando com o executivo Clóvis Tramontina, do grupo Tramontina, fabricante dos produtos da marca Tramontina que estão tão presentes no cotidiano de nós brasileiros. Nos encontramos durante um congresso no Paraná que reuniu as principais lideranças e empresários do ramo da construção civil e de materiais para construção.
Clóvis Tramontina me falava sobre a história centenária da marca Tramontina. São 104 anos de trajetória, empregando milhares de profissionais, gerando renda e contribuindo de forma sólida para o fortalecimento da sociedade brasileira.
Quem arca com os custos dos serviços públicos, é bom que se diga, é a classe produtiva, que honra seus impostos pagando uma excessiva carga tributária e empregando nossa população, assegurando os recursos que, de uma forma geral, deveriam retornar com saúde pública de qualidade, educação pública de excelência, segurança efetiva e acesso à cultura, esporte e lazer.
Mas Clóvis me explicava que, ao longo dos 104 anos da Tramontina, não foi apenas uma crise que a indústria passou. Foram dezenas. E me disse mais: ‘Daniel, não foram apenas que superamos, mas guerras’. Sim, quando a Tramontina surgiu o mundo vivia a I Guerra Mundial (1914-1918), anos mais tarde vieram as atrocidades provocadas pelo totalitarismo de Adolf Hitler e Benito Mussolini, a perseguição ao povo judeu e o trágico holocausto da II Guerra Mundial (1939-1945).
Fiquei me perguntando: ‘Como certas empresas conseguem superar crises e até guerras, enquanto outras sucumbem às crises?’. Gosto muito da parábola do
construtor sensato e do construtor insensato. O construtor prudente construiu sua casa sobre a rocha, enquanto o insensato construiu sua casa sobre a areia. E caíram as chuvas, correram os rios, sopraram os ventos. E casa que estava sobre a rocha não caiu, enquanto a casa que estava edificava sobre a areia, sim. A mesma cosia acontece com as empresas.
As empresas solidificadas em seus princípios, em seus valores, elas conseguem resistir às crises. É claro que o planejamento estratégico é importantíssimo, mas, mais importante ainda é a razão de uma empresa existir. O porquê ela existe, qual é o seu DNA, qual é a sua ideia central, qual é a sua missão?
É isso que vai fazer a diferença na vida de uma empresa, porque o tempo é o grande aliado das pessoas e das empresas que agem com a verdade, que agem com a Justiça e com a honestidade.
Assim como, também, o tempo, é o grande inimigo daqueles que agem com a mentira, com a desonestidade, e que agem com a injustiça. Pensem nisso.
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* Daniel Alonso é empresário, diretor da Casa Sol e presidente eleito da Federação das Associações dos Comerciantes de Materiais de Construção do Estado de São Paulo (Fecomac São Paulo)
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