A cada minuto, oito mulheres foram agredidas fisicamente no Brasil durante a pandemia

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Repercutiu no final do mês de maio uma ligação que uma moradora de Andradina, que fez uma ligação para a Polícia Militar , fingindo que pedia uma pizza para denunciar que estava sofrendo violência doméstica. Ao atender a ligação, o soldado Cássio Júnior dos Santos afirmou que ela estava ligando para polícia. Ao responder que sabia, o policial entendeu o recado e solicitou o envio de uma viatura para atendê-la no local.

Mas muitas mulheres não têm a mesma decisão. De acordo com o relatório do FBSP, após sofrerem agressões, 45% das agredidas no Brasil durante o período da pandemia não fizeram nada. Outras 22% das vítimas procuram ajuda da família e 13% buscaram ajuda de amigos. Apenas 12% foram até uma delegacia da mulher para registrar denúncia. Outras 7% foram para delegacias comuns e/ou ligam para o 190, da PM.

A delegada Raquel Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de SP, orienta que todas as mulheres que sofrem violência devem procurar ajuda.

“Não espere você tomar um soco no rosto, quebrar uma costela, ter uma lesão corporal grave, ter até mesmo uma ameaça de morte ou uma tentativa de feminicídio para procurar ajuda da polícia. Nos sinais, é preciso que as mulheres tenham forças para denunciar”.

É importante procurar ajuda da polícia, de familiares, colegas de trabalho e fugir de todo relacionamento abusivo. 

“O grande problema é que a violência doméstica é silenciosa. Ela começa, geralmente, com um insulto, violência verbal. Ele te xinga num dia, no outro te desmerece, tem uma enorme briga, no dia seguinte ele aparece arrependido, diz que te agrediu porque bebeu, te trata bem de novo, aí começa a agredir fisicamente e vai escalando. Começa com violência psicológica e vai para a física, o que pode terminar com um feminicídio”.

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