Pesquisa Datafolha mostra que 69% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial não encontraram outra fonte de renda para substituir o benefício. De acordo com o levantamento, 40% da população solicitou o auxílio.
Afirmaram ter economizado recursos para quando o auxílio terminasse 38% dos beneficiados. Na média, foram pagas 4,5 parcelas do auxílio a cada beneficado.
O instituto ouviu, por telefone devido às restrições sanitárias da pandemia, 2.030 pessoas em todo o Brasil.
Com o fim do pagamento do benefício para a maioria das pessoas, aumentou o percentual de famílias que tiveram queda na renda por causa do coronavírus, segundo a pesquisa.
Em dezembro, o auxílio tinha garantido a manutenção do nível de renda familiar para 34% dos beneficiados entrevistados. Em janeiro, eram 29% os que estavam com o mesmo nível de renda anterior à pandemia.
O fim do auxílio está entre os fatores que contribuíram para o aumento na reprovação do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a pesquisa Datafolha, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 40% da população, ante 32% que assim o consideravam na rodada anterior da pesquisa, no começo de dezembro. Já quem acha o presidente ótimo ou bom passou de 37% para 31% no novo levantamento.
Embora haja pressão para prorrogar o benefício, medida que é discutida inclusive pelos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, o gasto adicional é descartado pelo Ministério da Economia e visto como um risco para a política econômica por grande parte do mercado financeiro.
A pressão por novos gastos se deve à demora para vacinação da população e o aumento das medidas de distanciamento social neste início de 2021.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288





