Cirurgião Vascular, da Unimed Marília, traz informações sobre o tema
O Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose (16 de setembro) foi uma ocasião importante para conscientizar a população sobre o tema.
Para tirar as dúvidas da população, convidamos o Cirurgião Vascular e Angiologista da Unimed Marília, Prof. Dr. Ludvig Hafner.
1- O que é trombose venosa?
A trombose venosa ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo na veia do nosso corpo. Um coágulo formado dentro da veia passa a se chamar trombo.
2- Quais são os sintomas típicos da trombose que as pessoas devem estar atentas?
O trombo pode bloquear a passagem do fluxo de sangue na região que acaba causando edema na região afetada, com empastamento muscular com dor a movimentação, e cianose (popularmente observa-se inchaço em uma das pernas, dor para mexer a perna e coloração mais azul na mesma).
3- Quais os fatores de risco mais comuns?
É uma causa importante de doença em todo o mundo. No Brasil estima-se que 1 a 2 pessoas em cada 100 mil é acometida por trombose venosa ao ano. Aproximadamente 30 mil pessoas falecem do problema anualmente.
A trombose venosa é mais frequente em idosos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. Gestação e pós-parto são períodos de alto risco de tromboses venosas para a mulher.
Pode acontecer espontaneamente, mas está geralmente associada a uma série de circunstâncias, como: após cirurgias, traumas, imobilização, uso de hormônios (em especial, hormônios femininos contendo estrogênios).
Doenças infecciosas, inflamatórias, autoimunes, cardíacas, pulmonares e, especialmente, neoplasias malignas estão dentre as várias doenças associadas às tromboses venosas.
Pacientes portadores de trombofilias (predisposição para desenvolver trombose) hereditárias e adquiridas têm maior predisposição a ter tromboses.
Entretanto, este costuma ser somente um fator adicional e, apenas em algumas circunstâncias, pode levar à mudança de conduta, não sendo necessário pesquisá-las em todos os casos.
Outros fatores de risco são obesidade, histórico familiar (parentes de primeiro grau em especial), hospitalização, cateteres venosos, entre outros.
4- Como a trombose afeta a saúde das pessoas?
A trombose venosa pode afetar a vida das pessoas conforme a complicação apresentada.
Se apresentar complicação como a embolia pulmonar (trombo formado nas veias da perna de movimenta ou se desprende pela corrente sanguínea, indo obstruir vasos sanguíneos pulmonares e causando a embolia pulmonar. Esta é grave e pode ser fatal).
Outras complicações nos membros inferiores (pernas) são a formação de úlceras crônicas, edema crônico e varizes chamada pelos médicos se Síndrome pós flebítica.
5- Quais as medidas preventivas podem ser adotadas para reduzir o risco de trombose venosa de membros inferiores?
Cuidar bem da saúde é essencial. Evitar excesso de peso, praticar atividades físicas frequentes, cuidados no uso de hormônios (em especial hormônios femininos), usar meias elásticas em viagens prolongadas e, quando indicada, profilaxia com anticoagulantes após cirurgias e internações são as medidas mais importantes na prevenção das tromboses venosas.
O sucesso do tratamento está ligado ao reconhecimento e tratamento precoce da condição. O tratamento incorreto ou tardio pode levar a maior incidência de sequelas como a chamada Síndrome pós flebítica, onde as veias afetadas ficam insuficientes e doloridas, causando muito desconforto ao paciente. Entretanto, outra consequência grave é a evolução para o tromboembolismo pulmonar.
6- Como deve ser confirmado o diagnóstico?
O estudo por ultrassom com doppler venoso do membro afetado. Exame não invasivo com sensibilidade de 80 a 96% e pode ser repetido na evolução dos sintomas sem riscos para o paciente.
No caso do tromboembolismo pulmonar, a angiotomografia de tórax é necessária. Muitas vezes o quadro clínico não é típico, é um diagnóstico que sempre deve estar em mente.
7- Qual o tratamento?
Uma vez que a suspeita de trombose venosa/tromboembolia pulmonar seja razoável, deve-se começar anticoagular o paciente.
O anticoagulante inicial usa-se a heparina ou anticoagulantes diretos como Enoxaparina. Pode-se utilizar anticoagulantes orais como apixabana, rivaroxabana, edoxaprarina e outros novos.
O início do tratamento é feito com heparina, esta deverá ser dada por um período mínimo de cinco dias, quando poderá ser trocada por varfarina ou anticoagulantes diretos orais.
Consulte um médico especialista, Cirurgião Vascular/ Angiologista: www.unimed.coop.br/site/web/marilia/guia-medico
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