A Polícia Civil de Brasília confirmou há pouco que pelo menos 170 pessoas já foram presas acusadas de envolvimento na invasão do Palácio do Planalto, do STF (Supremo Tribunal Federal) e também do Congresso Nacional.
Os manifestantes protestavam contra os resultados das eleições de 2022 e conseguiram furar os bloqueios da segurança e invadiram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
As sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas pelos protestantes, que pedem a saída e prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), questionam a segurança das urnas eletrônicas e do chamado “código fonte” do sistema eleitoral e clamam, até mesmo, por uma intervenção militar.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram os manifestantes subindo a rampa do Congresso sob gritos de “o Brasil é nosso” e "comunismo, não".
Na sequência, ocorreram atos de vandalismo e destruição dos prédios públicos.
Concentração
A concentração de manifestantes em Brasília ganhou força nas primeiras horas deste domingo, quando cerca de cem ônibus com protestantes usando bandeiras do Brasil e roupas nas cores verde e amarelo chegaram à capital federal.
Inicialmente, os atos nos acampamentos em frente a quartéis acontecia de maneira pacífica, mas a situação perdeu o controle quando os manifestantes desceram para a Esplanada, que estava cercada para a entrada de pedestres.
Com o acirramento da situação, as forças de segurança usaram spray de pimenta e gás de efeito moral para tentar impedir a invasão, mas as barreiras foram derrubadas pelos presentes, dando início à invasão do Congresso Nacional e dos demais prédios.
Intervenção federal
Lula assinou, na tarde deste domingo (8/1), uma intervenção federal na segurança pública do DF por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O objetivo é frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promovem nos prédios dos Três Poderes.
Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, comandará a operação de intervenção. A medida valerá, inicialmente, até o dia 31 de janeiro.
A intervenção só afeta a área de segurança pública. Não há alteração nas outras atribuições de Ibaneis Rocha (MDB), que segue como governador do DF. O decreto assinado por Lula (leia mais abaixo) permite que as Forças Armadas atuem na capital federal para a retomada da ordem pública.
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