A polícia do Haiti anunciou a prisão de um cidadão haitiano que vive nos Estados Unidos e contratou parte dos colombianos suspeitos de assassinar o presidente do país, Jovenel Moise.
O diretor-geral da Polícia Nacional, Léon Charles, afirmou que Charles Emmanuel Sanon, de 63 anos, "entrou no Haiti a bordo de um avião particular com objetivos políticos". Nas redes sociais, Sanon se diz médico e já publicou diversos vídeos e mensagens em que fala sobre a política no Haiti.
Os colombianos foram contratados por meio de uma empresa de segurança venezuelana chamada CTU, que tem sede na Flórida, e a polícia chegou a Sanon após interrogar os detidos.
Segundo Léon Charles, os suspeitos de matar o presidente ligaram para Sanon quando foram cercados.
"Quando nós, a polícia, bloqueamos o avanço desses bandidos depois de terem cometido seu crime, a primeira pessoa para quem um dos agressores ligou foi Charles Emmanuel Sanon".
O chefe da polícia disse que, na sequência, Sanon "entrou em contato com outras duas pessoas que consideramos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise". A identidade destes dois suspeitos não foi revelada.
O então presidente do Haiti, Jovenel Moise (ao centro), ao lado da primeira-dama, Martine Moise, e o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph (à direita), em 18 de maio de 2021 — Foto: Joseph Odelyn/AP
O médico Ariel Henry já havia sido anunciado como sucessor de Joseph, mas ainda não tinha tomado posse formalmente. Ele também chegou a reivindicar que deveria assumir a presidência.
Jovenel Moise levou 12 tiros e foi encontrado no chão, de costas, e coberto de sangue. A primeira-dama, Martine Moise, foi baleada e hospitalizada.
Gravemente ferida, Martine foi transferida para Miami, nos Estados Unidos, onde segue internada. Os três filhos do casal, Jomarlie, Jovenel Jr. e Joverlein, estão em um "local seguro", segundo as autoridades.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288