Situação ocorre nos leitos SUS e particulares. Tupã já admite "escolher" pacientes que serão entubados para sobreviver. É operação de guerra.
Todos os 77 leitos de UTI/SUS e também os 26 leitos de UTI particulares/convênios, destinados aos casos de internações, estão ocupados nos três hospitais de Marília, informou agora à tarde a Secretaria Municipal da Saúde.
Diante dessa situação, aumenta ainda mais o risco de novos pacientes terem que ser transferidos para hospitais da região ou até para cidades mais distantes.
Há três dias, Marília teve o sexto paciente transferido para a região desde o início da pandemia. Desta vez foi uma mulher de 40 anos, hipertensa.
O motivo, mais uma vez, foi a falta de leitos no município. Desta vez, ela foi levada para a Santa Casa de Adamantina, a 141 kms de Marília.
Como não há mais a divulgação das taxas de ocupação de UTIs dos hospitais da região, o clima é de incerteza entre os familiares de pessoas que estão com exames positivo de Covid-19 e com sintomas.
Situação de guerra
A situação é dramática também em Tupã. O secretário de Saúde, Miguel Ângelo de Marchi, afirmou que os médicos Santa
Casa do município vivem uma situação dramática.
Segundo ele, os profissionais de saúde estão tendo que escolher quem vai ser internado e até quem vai ser entubado no hospital. A medida é comparada à uma estratégia de “guerra”.
O secretário alertou ainda para o aumento dos casos graves na cidade. Segundo ele, de cada 10 pessoas que precisam ser entubadas, apenas duas sobrevivem.
Entre as medidas estabelecidas, o decreto municipal determina que todos os estabelecimentos da cidade deverão ficar fechados nos sábados, 20 e 27 de março, e domingos, 21 e 28 de março, uma espécie de “lockdown”.
Tupã tem atualmente 3.023 casos positivos de Covid-19 e até o momento, 95 pessoas já morreram de coronavírus no município.
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