Índice é tradicionalmente usado pela Prefeitura de Marília e de outras cidades da região para elevar o IPTU, sem necessidade de aprovação pela Câmara.
O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano de Marília) em Marília terá reajuste 23,14% neste ano, segundo decreto publicado pela Prefeitura. O índice é com base no IGPM (Índice Geral de Preços-Mercado), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). É o maior desde 2002.
"A Prefeitura de Marília informa que o reajuste do IPTU (conforme todos os outros anos e uma lei) é de acordo com o índice do IGP-M. Em outros anos, como 2018 o reajuste foi zero porque o índice foi negativo. A Prefeitura lembra ainda que mantem para esse próximo ano os descontos para pagamento a vista ou parcelado do referido imposto", informou em nota a assessoria de imprens.
O reajuste do IPTU, com base no IGPM, é uma prática comum adotada nas últimas administrações municipais em Marília.
O objetivo é evitar desgaste político junto à população, ao ter que enviar um projeto à Câmara estabelecendo percentuais maiores de elevação do IPTU.
Seguindo o IGPM, basta apenas publicar o decreto antes da virada do ano (foi no dia 30, sob número 1.3231).
Índice recorde
A alta de 23,14% do IGPM é três vezes maior que a alta do índice em 2019, quando o acumulado do ano foi de 7,31%. É também o maior avanço acumulado dos últimos 12 anos e a taxa mais alta desde 2002, quando o IGP-M subiu 25,31% no período.
O que é?
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
Ele é usado para reajustes dos contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas (como é o caso do IPTU) e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos)
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