Filha acusada de matar o próprio pai foi submetida a um exame de sanidade mental nesta terça-feira (10). Na época com 17 anos, a menor teria matado o dentista Aloysio Tassara, com uma facada no tórax. A intenção do exame é demonstrar que, em surto psicótico, a autora não tinha condições de avaliar a gravidade do delito.
O ato infracional de homicídio foi registrado na região do Jardim Aeroporto em agosto de 2019. Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que a menina teria tido um surto psicótico quando cometeu o crime.
A tese também é sustentada pela defesa, representada pelo advogado Fabio Ricardo Rodrigues dos Santos. O defensor destaca o trabalho realizado nesta terça-feira (10). O exame foi realizado por um perito judicial com a participação de uma médica psiquiátrica (assistente da defesa) e da acusada. O caso segue em segredo de justiça.

A defesa espera que o laudo pericial demonstre que a adolescente não tinha condições de discernir à gravidade dos fatos. “Após o ocorrido, ela passou por algumas internações e mais recente por duas internações. A defesa está confiante no resultado da perícia que realmente vai demonstrar toda a fatalidade que envolveu esse episódio”.
O resultado da perícia deve ser divulgado no prazo máximo de 15 dias. Após a entrega, o juiz abrirá vistas para o advogado de defesa e para o MP. “Vamos nos manifestar, vamos ver se vamos ficar satisfeitos com as respostas. Se houver necessidade vamos pedir complementação do laudo. Se avaliarmos que está conclusivo e bem relatado vamos para as alegações finais e sentença”, disse.
O crime
Pelo que a Polícia apurou, a menina teria tido um surto psicótico quando cometeu o crime. No local, os policiais encontraram a esposa desesperada pedindo socorro para o marido. Pouco pode ser feito já que Aloysio já estava morto. A Polícia localizou quase R$ 19 mil nas vestes de Aloysio.
Durante o velório do dentista, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), comandada pelo falecido delegado Valdir Tramontini, recolheu material genético por entender que eventual exumação do corpo traria sofrimentos à família.
Na época, o advogado também concedeu entrevista ao repórter Benedito Henrique e respondeu sobre eventual desentendimento entre pai e filha. “sempre houve um bom relacionamento entre pai e filha e dela com a mãe e com o irmão. Então não existe assim esse tipo de situação”.
De acordo com o advogado, a menor já vinha apresentando problemas psiquiátricos. “A adolescente já vinha apresentando um quadro de desequilíbrio psicológico e existe histórico dela sobre tal situação infelizmente”, disse ele.
Sobre o dinheiro, quase R$ 19 mil, encontrados nas vestes de Aloysio, segundo a defesa, a origem é lícita. “fruto do trabalho” e não tem “nenhuma co-relação com o ocorrido”.
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