Polícia Militar apura polêmica envolvendo apreensão de carro de vereadora em Marília

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O comando da Polícicia Militar em Bauru divulgou nota, no final da tarde, informando que está apurando a apreensão do carro da vereadora Daniela D'Avila Alves (foto), conhecida como Professora Daniela, de Marília, por estar com licenciamento vencido e pneus carecas.  O caso que envolve o policial militar, que foi transferido de suas funções na cidade, e também o comando da PM na cidade.

"O policial que efetuou a apreensão já estava matriculado num curso de especialização na área de policiamento de trânsito, em São Paulo, desde março, o qual foi suspenso em razão da pandemia de COVID-19, tendo seu reinício agendado para o dia 24 de agosto, motivo pelo qual não exercerá as atividades na cidade de Marília até a conclusão do curso em 04 de setembro de 2020", diz a nota divulgada pelo setor de relações públicas da PM.

A ocorrência foi registrada no último domingo, na Rua Carlos Botelho, zona leste da cidade.

Um policial militar, que estava nas proximidades, verificou através da placa que um veículo, pertencente à vereadora Daniele, que passava pelo local estava com documentação atrasada e por isso resolveu fazer a abordagem.

O PM informou ao comando que deu a oportunidade para que a filha fizesse o pagamento via aplicativo, mas a jovem e o pai, que chegou ao local mais tarde, teriam dito que não tinham condições. O policial também constatou que os pneus dianteiros estariam gastos e por isso agravou ainda mais a situação, determinando que fosse guinchado por estar comprometendo a segurança no trânsito.

A vereadora ligou para a comandante da PM, em Marília, tenente-coronel Márcia Crystal pedindo para que o policial não guinchasse o seu carro, que estava com a filha dela no momento da apreensão.

A oficial da PM teria ligado para o policial que estava na ocorrência e disse que ele deveria ter "bom senso" ao exercer suas funções ou seria transferido.

Um áudio chegou a vazar nas redes sociais em que a tenente coronel teria afirmado:  “Porque isso daí é falta de bom senso, tá? Ela é vereadora. É, é, a condição, você pode muito bem estar fazendo e orientando, tá? E aí segunda-feira, ela pegaria o documento e não precisa apreender o veículo”.

Sem "pressão"

Em nota, a assessoria de imprensa da vereadora afirmou que "em nenhum momento seu telefonema para a comandante tenente-coronel Márcia Crystal (foto) teve o objetivo de praticar tráfico de influência, apenas se tratou de uma solicitação de esclarecimento a respeito da possibilidade de apreensão apenas do documento e não do veículo".

A nota acrescenta ainda que "não houve nenhuma indagação para que o referido militar fosse punido ao exercer suas funções". A vereadora divulgou um laudo indicando que os pneus não estavam carecas, como afirmou o policial militar.

A vereadora professora Daniela garantiu também que não pediu a transferência do PM pois "acredita que trata-se de uma medida administrativa interna e exclusiva do Comando da Polícia Militar, alheia ao exercício do mandato de vereadora da Câmara Municipal de Marília"

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