Quarentena: prefeito Daniel não concorda com critérios adotados por Doria

Compartilhe:

A ameaça feita pelo governador Doria, de não aceitar a flexibilização da quarentena em cidades que não atingirem o íncice mínimo de 50% de isolamento social, teve repercussão negativa em Marília.

O prefeito Daniel Alonso emitiu uma nota afirmando que "discorda do método utilizado pelo governo para medir o isolamento social", mas não citou se pretende tomar providências para que esse índice cresça nos próximos dias

Na coletiva desta segunda-feira, transmitida ao vivo pelo portal Visão Notícias, Doria citou as 20 cidades com pior índice de isolamento, incluindo Marília, Assis, Bauru, Araçatuba e Presidente Prudente.

A sua fala foi meio em tom de ameaça, ao garantir que o Sistema de Monitoramento Inteligente (acordo feito com as operadoras de telefonia móvel para indicar onde as pessoas estão) terá um "peso" grande na flexibilização que deverá ser anunciada na próxima sexta-feira, dia 8.

Resposta

Na nota oficial, o prefeito Daniel Alonso procurou amenizar as ameaças do governador, dizendo apenas que "discorda do método" ao lembrar que 80% das atividades econômicas "estão ativas".

Daniel cita como exemplos as indústrias alimentícias (Marília é a capital nacional do alimento), hospitais com atendimento regional, empresas de call center e também serviços essenciais. Portanto, como essas pessoas estão trabalhando, não há como aumentar o nível de "isolamento social". 

Daniel preferiu não divulgar nenhuma informação sobre eventuais medidas de endurecimento no isolamento, como forma de Marília subir para o nível mínimo apontado pelo governo do Estado (50%).

Máscaras

Sobre o decreto estadual, que tornará uso obrigatório de máscara em todos os municípios a partir de quinta-feira (dia 7), a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que "cabe o município seguir o Estado e que os estabelecimentos comerciais e públicos sejam totalmente responsáveis pela entrada das pessoas com o devido equipamento de segurança".

Doria disse que caberá aos municípios a regulamentação do decreto estadual, ou seja, as Prefeituras é que irão definir as medidas de punição para quem não usar máscaras.

O problema é que, no entendimento de juristas, para aplicar multas ou exigir o uso, o Município precisa fornecer as máscaras de forma gratuita à população.

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288

Desenvolvido por StrikeOn.