Auxiliar de enfermagem é acusada de desviar vacina de unidade em Marília

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Frascos foram encontrados na geladeira da casa. Ela tentou alegar que era para "vacinar familiares", mas a situação está cada vez mais complicada.

Uma auxiliar de enfermagem de 31 anos, que trabalha numa unidade de saúde do município na zona norte de Marília está sendo investigada por ter desviado frascos de vacina contra a gripe H1N1. A DIG recebeu denúncia de que ela estaria vendendo cada dose por R$ 50,00, mas ela nega. As investigações prosseguem com novos desdobramentos.

De acordo com o delegado Valdir Tramontini, titular da Delegacia de Investigações Gerais, assim que receberam as informações e com mandado de buscas expedido pela justiça, os investigadores foram até à residência da mulher e encontraram os dois frascos dentro da geladeira, no meio de outros mantimentos e numa temperatura bem abaixo do que é exigido para garantir a qualidade da vacina. Toda operação foi acompanhara por representantes da Secretaria Municipal da Saúde.

As doses seriam suficientes para imunizar pelo menos 20 pessoas. Os policiais realizaram as buscas na última sexta-feira, mas a servidora municipal negou que estisse vendendo, mas apenas decidiu levar os frascos para casa com objetivo de vacinar seus próprios familiares.

Ela garantiu que tinha autorização da chefe da unidade de saúde, mas essa responsável negou categoricamente.

Situação complicada

De acordo com o delegado, nesta segunda-feira a DIG localizou quatro pessoas que confessaram terem sido vacinadas pela auxiliar de enfermagem, mas garantiram que não pagaram pelas doses. Detalhe: nenhuma delas era parente.

Termostato da geladeira mostra que temperatura estava fora dos padrões para armazenar a vacina.

A DIG também foi notificada que uma pessoa foi até outra unidade de saúde para receber a dose de vacina contra a gripe, mas recebeu a informação de que já havia sido imunizada, ou seja, teria comparecido na unidade onde trabalha a servidora da acusada pelo crime de peculato.

Isso aumenta a suspeita da Polícia Civil de que a servidora também pode estar falsificando documentos de vacinação para conseguir desviar as doses sem que levantasse suspeita.

"Se alguma pessoa for vacinar e tiver o mesmo problema deve nops avisar imediatamente ou a Secretaria da Saúde porque as investigações prosseguem", observou o delegado titular da DIG.

O inquérito da DIG prossegue e, por enquanto, a auxiliar de enfermagem figura apenas como "investigada", mas poderá ser indiciada por peculato (crime praticado por funcionário público contra a própria administração pública), cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão.

Quem eventualmente foi "vacinado" pela auxiliar de enfermagem não está imunizado contra a gripe influenza. É que como os frascos não estavam guardados na temperatura recomendada, simplesmente perderam a eficácia.

 

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