Vereadores não querem votar o plano de carreira e decisão revolta servidores

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Grupo de 10 vereadores protocola documento na Prefeitura pedindo adiamento da votação. Motivo:  preocupação com o coronavírus e queda na arrecadação. Prefeito Daniel garante que projeto está mantido e decisão cabe ao Legislativo.

No momento em que o clima é de muita expectativa entre os servidores municipais, para votação do projeto do Plano de Carreira antes do início do período eleitoral (4 de abril), uma reunião secreta entre 10 vereadores pode estar jogando um "balde de água fria" nessa expectativa.

Eles assinaram um documento (foto), protocolado ontem na Prefeitura, pedindo ao prefeito Daniel para que o plano seja votado só depois "do ciclo de pandemia do Covid-19", ou seja, ficaria para bem após a data limite da legislação eleitoral.

A reação no executivo foi imediata. O protocolo do requerimento foi enviado a Presidência da Câmara para manifestação pois não se tratava de um documento oficial da Câmara, mas sim a manifestação de alguns vereadores e assessores diretos do Prefeito informaram que cabe a Câmara deliberar pois o Prefeito já remeteu o Plano de Carreira ao Poder Legislativo.

Além disso, como o documento não é oficial da Câmara, o Executivo simplesmente remeteu ao presidente do Legislativo, Marcos Rezende, para que ele se manifeste.

"O prefeito Daniel manteve o seu compromisso com os servidores municipais de enviar o projeto do Plano de Carreira e vai manter a sua palavra. Agora, cabe aos vereadores decidir em plenário, ou seja, votam ou adiam a proposta", informou um dos assessores.

Já a assessoria de imprensa da Prefeitura informou, de forma oficial, que Daniel Alonso está preocupado no momento com medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus e não vai se manifestar.

Em nota oficial, o presidente da Câmara, Marcos Rezende, garantiu que o projeto será votado: "o Executivo não se manifestou sobre o referido pedido, o Plano de Carreira, aliás, o Substitutivo apresentado na segunda-feira passada, será pautado e votado, conforme já anunciado anteriormente".

Votação este ano

Aliás, o substitutivo já previa que o plano somente será implando oficialmente em abril do ano que vem. A ideia inicial do prefeito Daniel era implantar ainda neste ano.

Mas, devido a pandemia do coronavírus, que está afetando diretamente a economia local e nacional, ele prevê que haverá uma grande queda na arrecadação municipal e dessa forma foi obrigado a mudar de ideia. Mesmo assim, insiste que a votação ocorra agora, mesmo para entrar em vigor apenas em 2021.

Reação

Pelas redes sociais, servidores pressionam os vereadores para votar o plano

A atitude tomada pelo grupo de vereadores está tendo uma repercussão negativa, principalmente por parte dos servidores municipais.

Eles já estavam preocupados desde a semana passada, com o risco da proposta não ser votada em sessão extraordinária na próxima segunda-feira (já que existe o prazo regimental para emendas e pareces).

Pelas redes sociais, vamos deles criticaram a atitude dos vereadores em fazer uma manobra para que o projeto seja "engavetado".

Tanto que no próprio documento, eles pedem que (em vez de votar o plano), seja enviado um projeto para discutir o que chamaram de "reajuste regular (data-base) dos servidores públicos municipais".

Justificativa - O vereador Wilson Damasceno, que assinou o documento, disse nesta tarde ao Visão Notícas que "ter calma neste momento que muita gente chorando a perda de vidas; de empregos; redução de salários; redução de salários de servidores da União e Estados; políticos, inclusive nós vamos propor isso na Câmara; perda de receita em todos os entes e Marília não será diferente".

 

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