* Em três anos foram perfurados 9 poços
* Produção de água passou de 1,2 milhão para 3,8 milhões de litros/hora (200% a mais)
* Novo poço profundo entrará em funcionamento na represa Cascata
* Bombas reservas garantem segurança no funcionamento dos poços
* De 6.700 vazamentos/dia, hoje são em torno de apenas 100 casos por dia
O verão terminou há menos de uma semana e, diferentemente de outras cidades do centro oeste paulista, que enfrentaram o desabastecimento, em Marília a população teve um período com água nas torneiras, havendo apenas alguns problemas pontuais. Bem diferente do que ocorria em anos anteriores, principalmente nas regiões Norte e Sul, onde o racionamento era diário.
Para saber mais detalhes sobre o motivo dessa nova realidade, o portal Visão Notícias fez uma entrevista especial com o diretor do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília), Marcelo José de Macedo.
Prefeito Daniel Alonso e o presidente do DAEM, Marcelo José de Macedo, inspecionam mais um poço perfurado em Marília.
Ele explicou que esse é o resultado de três anos de investimentos e também de um planejamento estratégico da autarquia, ficando sempre atentos aos pontos mais críticos.
Tanto que hoje a produção diária de água do DAEM chega a 3 milhões e 800 mil litros. Para se ter uma ideia, há três anos (quando a administração assumiu) a produção era de 1,2 milhão/dia. Isso representa um crescimento superior a 200%.
Poços
Uma das principais medidas adotadas desde que assumiu a autarquia e seguindo determinação do prefeito Daniel Alonso, foi o investimento em poços para que a cidade não dependesse somente do rio do Peixe e das represas, cujos níveis constumam ficam perigosamente baixos durante o verão.
De acordo com Marcelo, nestes três anos foram perfurados nove poços e troca de redes que estavam obstruídas, atendendo principalmente as regiões Norte e Sul que sempre foram as mais afetadas. "A cidade cresce e precisamos estar preparados para fazer os investimentos", afirmou.
A zona norte, por exemplo, ainda hoje é a que continua recebendo mais investimentos devido ao seu crescimento e pelo fato de que no passado sempre foi uma das que mais enfrentaram com o desabastecimento.
Tanto que dentro de 60 dias entrará em funcionamento mais um poço no bairro Santa Antonieta, aumentando a vazão em 70 mil litros/hora.
Poço profundo - Além dos poços artesianos, o DAEM também vai entregar nos próximos meses um novo poço profundo (cerca de 1.200 metros) na região da represa Cascata que terá produção de um milhão de litros de água. Graças às interligações de redes, boa parte dessa água será remanejada para atender a zona sul.
Vazamentos e bombas
Outros dois problemas crônicos do DAEM foram atacados: o grande número de vazamentos de redes pela cidade e também a demora na troca de bombas dos poços perfurados quando queimavam, devido a falta de equipamentos reservas.
Marcelo mostra, no mapa, as regiões que receberam investimentos nestes três anos.
"É um dinheiro público que precisa ter responsabilidade", afirmou o presidente do DAEM ao falar sobre os vazamentos. Isso porque de nada adianta investir em mais poços se a água é desperdiçada pelo caminho, antes de chegar às torneiras, prejudicando inclusive as ruas com buracos e água escorrendo.
Ele lembra que há três anos, quando assumiu, havia em média a absurda "marca" de 6.700 vazamentos por dia. Contando com equipes nas quatro regiões da cidade, esse número caiu hoje para 100 notificações/dia.
No caso dos poços, Marcelo explica que hoje cada um deles possui uma bomba reserva. Com isso, em caso de queima o equipamento pode ser rapidamente substituído, reduzindo o tempo em que o poço deixa de abastecer determinada região.
"Infelizmente quando nós assumimos alguns poços não tinham bomba reserva e a população é quem sofria com isso", enfatizou.
Mais investimentos
De acordo com Marcelo José de Macedo, devido ao crescimento da cidade sempre serão necessários novos investimentos.
"Por isso, estamos sempre atentos. Nossa equipe mantém um constante planejamento para que nos próximos verões a população mariliense possa continuar tendo água nas torneiras", afirmou.
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