O uso intensivo de celulares e de redes sociais está associado a um aumento dos problemas mentais, comportamentos de automutilação e suicídio entre os jovens, segundo um estudo canadense que mostra que o fenômeno afeta mais as garotas.
O estudo agora divulgado, na véspera do Dia da Internet Mais Segura, é baseado na revisão sistemática de outros 20 estudos que foram realizados nos últimos anos com crianças e adolescentes de vários países.
Os investigadores do hospital infantil Sick Kids, em Toronto, analisaram os dados sobre o uso de celulares e internet que alertam para as redes sociais poderem afetar a forma como os adolescentes se veem, assim como as relações que criam com quem os rodeia.
As comparações sociais e as interações negativas, incluindo o 'bullying', foram alguns dos problemas detectados.
Além disso, continua o estudo, em alguns casos as redes sociais passam a ideia de uma "normalização da automutilação e do suicídio entre os jovens".
Outras das consequências do uso excessivo destas tecnologias são a privação do sono e a diminuição da performance acadêmica.
"São precisas campanhas públicas de consciencialização assim como políticas sociais que promovam ambientes domésticos e escolares que aumentem a resiliência dos jovens enquanto navegam nos desafios da adolescência do mundo de hoje", defende o estudo.
Também as consultas e admissões de crianças e jovens nos serviços de saúde por questões de saúde mental aumentaram um pouco por todo o país.
Outros dois estudos -- um realizado por investigadores americanos e outro por alemães -- mostraram que os alunos que passam mais tempo no Facebook acabam por ter inveja dos amigos e a sensação de os outros terem invariavelmente uma vida melhor.
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