PT sofre para ter nomes fortes em 2020

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Uma das primeiras orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT assim que deixou a cadeia, há três semanas, foi para que o partido lance o maior número possível de candidatos a prefeito em 2020. Lula quer aproveitar a eleição municipal para fazer a defesa dos governos petistas e dele mesmo. No entanto, a falta de candidatos competitivos, negativas por parte de velhos quadros da legenda e interesses políticos dos caciques regionais dificultam o cumprimento da orientação.

Em São Paulo, maior cidade do País, o PT ainda procura candidato. Uma ala importante da sigla, liderada por Lula, investe na volta da ex-prefeita Marta Suplicy. Eles sabem que a manobra é arriscada, mas acreditam que, com o aval de Lula, a articulação pode vingar. Do contrário, deve voltar a pressão para que Fernando Haddad assuma a tarefa. O ex-prefeito já disse várias vezes que não quer ser candidato.

O cenário se repete em Belo Horizonte, onde o deputado Patrus Ananias, citado explicitamente por Lula, está reticente. Patrus diz que prefere se concentrar em temas nacionais em vez de disputar a prefeitura da capital mineira, cargo que já ocupou.

No Rio, a deputada Benedita da Silva, também citada por Lula, é outra que resiste em disputar.

Em Porto Alegre, nenhum dos três ex-prefeitos petistas citados por Lula como alternativas a uma aliança com Manuela D'Avila (PC do B) se animou. 

A ideia é nacionalizar a disputa nas principais cidades, transformando a eleição municipal de 2020 em uma ponte para derrotar Jair Bolsonaro em 2022.

A ordem de Lula para lançar o maior número possível de candidatos não inviabiliza alianças com outros partidos de esquerda e serve para cacifar a legenda no momento das definições. 

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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