Equipes da Delegacia da Polícia Federal de Marília, bem como de Bauru, Rio Preto e Jales participaram de uma operação hoje da Operação Nereu, que investiga fraudes em licitações de prefeituras da região de Jales.
Cerca de 100 policiais federais cumpriram 17 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Jales, Rio Preto, Urânia, Santa Albertina, Palmeira d’Oeste e Três Lagoas.
Polícia Federal cumpre mandados em cidades da região de Jales e Rio Preto.
Foram presos o chefe do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAAE) de Jales, Ronaldo Piovezani Vila, e o engenheiro do DAAE de Rio Preto, Eli Carvalho Rosa, suspeitos de participarem do esquema de fraudes em licitações e desvios de recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), segundo a Polícia Federal.
A investigações, que tiveram início no ano passado, apontam que pelo menos quatro servidores do DAAE de Jales e de Rio Preto estão envolvidos no esquema. Dois deles foram presos temporariamente nesta terça.
Empresas de engenharia da área ambiental, residências dos empresários e as unidades do DAAE de Jales e Rio Preto também estão entre os locais onde a PF realiza as buscas.
Os presos foram indiciados pelos crimes de fraude a licitação, associação criminosa, corrupção ativa e estelionato. Todo o material apreendido será encaminhado para a sede da Polícia Federal em Jales, que coordena as investigações.
Os presos serão ouvidos e encaminhados para cadeias da região onde permanecerão à disposição da Justiça Estadual de Jales.
O esquema
De acordo com a PF, os servidores do órgão estatal, em conjunto com empresas de engenharia ambiental e consultoria fraudavam licitações que tinham como objetivo a obtenção de recursos financeiros junto ao (FEHIDRO). A PF identificou pelo menos R$ 1,4 milhão que foram aplicados pelo FEHIDRO em prefeituras da região no período investigado.
Estes valores são suspeitos de terem sido aplicados mediante fraudes em licitações praticadas pelos servidores do DAAE em conjunto com responsáveis de empresas de engenharia ambiental que atuam na região.
Projetos de planos diretores, recursos hídricos, consultorias, dentre outros serviços estão entre os casos em que as prefeituras pagavam os valores diretamente ao servidor do DAAE, quando na verdade, ele deveria fiscalizar a aplicação destes recursos e não representar as empresas vencedoras das licitações. Com informações Diário de Rio Preto
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