O terrorista Osama Bin Laden era uma criança boa, mas sofreu lavagem cerebral quando entrou na universidade. A afirmação é da mãe dele, Alia Ghanem, de 70 anos, que conversou com o jornal britânico “The Guardian”, em sua primeira entrevista.
O líder da Al-Qaeda foi o responsável pelo ataque contra as Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001, que deixou cerca de 3 mil mortos. O terrorista foi morto em maio de 2011, em uma operação do serviço de inteligência americano no Paquistão.
Ghanem, que mora na Arábia Saudita, conta que seu primogênito era tímido, mas que se tornou uma figura forte enquanto estudava economia na Universidade King Abdulaziz, na cidade saudita de Jeddah, onde se radicalizou. “As pessoas na universidade mudaram ele. Ele se tornou um homem diferente”, disse.
Foi na universidade que ele encontrou Abdullah Azzam, um membro da Irmandade Muçulmana, que se tornou o seu conselheiro espiritual.
A mãe concedeu a entrevista ao lado de dois irmãos de Bin Laden - Ahmad e Hassan, e do seu segundo marido, Mohammed al-Attas, que o criou desde os 3 anos. Ela lembra que o filho era "muito sério e realmente gostava de estudar".
A família conta que, no início dos anos 80, Osama viajou para o Afeganistão para combater a ocupação russa. Hassan diz que no início todos estavam "muito orgulhosos" dele.
A mãe diz que ele gastou muito dinheiro no Afeganistão, como se estivesse investindo na empresa familiar”. Quando questionada se ela nunca imaginou que o filho pudesse ter se tornado um jihadista, ela diz: “Isso nunca passou pela minha cabeça”.
Ao notar o que tinha acontecido, a família se sentiu “extremamente chateada”. A família viu Osama pela última vez em 1999, na província afegã de Kandahar. “Ele ficou muito feliz em nos receber”, lembra a mãe.
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