Entidade local contabilizou, em sua história, muitas conquistas e melhorias
Nesta quinta-feira, 12 de fevereiro, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Garça – Hospital São Lucas – completa 65 anos de sua fundação. Nesse período, diversas diretorias conduziram os destinos da entidade.
A instituição passou por transformações e melhorias, tanto no aspecto administrativo como físico e hoje, é possível citar e observar muitas e grandes conquistas.
Especialmente de 2011 para cá, houve investimentos na parte estrutural do prédio, tanto interna como externamente e, com isso, foram melhoradas as fundações, promovida a substituição do telhado, janelas por vidro temperado e brises (anteparos da luz solar) e oferecida nova pintura. A entrada principal também foi remodelada, ganhando novo visual, oferecendo mais comodidade e funcionalidade.
Mas essa evolução não parou por aí. Graças às ações proativas da atual diretoria, liderada pelo oftalmologista Sérgio Asperti, parlamentares foram contatados e mobilizados e assim foram conquistados diversos recursos financeiros que propiciaram a manutenção, aquisição ou substituição de aparelhos e equipamentos em vários setores. Isto sem contar com reformas e adaptações de ambientes – Lavanderia, postinhos de serviço nos andares, recepção do antigo Pronto-Socorro, construção do novo Centro de Fisioterapia, entre outros.
O apoio para a conquista de recursos financeiros tem ocorrido não somente como resultado de contatos com parlamentares, mas também advindo do Poder Público Municipal, Câmara Municipal, diversos clubes de serviço e da própria população e empresas que contribuem mensalmente com valores diversos por meio do serviço de Telemarketing – carnês e contas de água. Neste sentido, a atual diretoria e funcionários publicamente agradecem.
HISTÓRIA
A história da Santa Casa de Garça remonta os anos da década de 1940, quando já existia na cidade o Hospital Samaritano. A cidade estava crescendo e a população aumentando. Era necessário pensar em construir algo maior, que atendesse às necessidades de todos os moradores do município, principalmente os mais carentes.
Uma Santa Casa de Misericórdia foi idealizada pelo então já conhecido e querido monsenhor Antônio Magliano, que já havia alcançado diversas conquistas para a cidade, e, reunindo-se com algumas pessoas da comunidade, foi aprovada a ideia da construção.
Mas, como sempre, não é fácil encontrar voluntários que se disponham a enfrentar gratuitamente uma empreitada dessas. Assim, o padre Antônio Magliano convidou o João Manzano para juntos, iniciarem a construção da Santa Casa de Misericórdia de Garça, uma instituição benemérita católica, e ele aceitou.
Foi eleita uma diretoria para assessorar os trabalhos a serem realizados, mas sempre nesses empreendimentos, a responsabilidade maior é do presidente. E o trabalho foi árduo, começando todo da estaca zero.
Primeiro foi a procura do terreno. Felizmente, o professor Jenning Kendrick Williams colaborou generosamente, doando 6.000 metros quadrados. Depois, saíram a campo com um “Livro de Ouro” para conseguir donativos. Várias pessoas contribuíram. Foram doadas pequenas e grandes quantias.
Foi a partir desse trabalho que no ano de 1950, dá-se início à construção da Santa Casa de Misericórdia de Garça, de acordo com o projeto da Comercial e Construtora Ferraz S/A, de Bauru, tendo como engenheiro responsável o dr. Guilherme Ferraz.
Poucos anos depois, com a obra já adiantada, o monsenhor Antônio Magliano transferiu-se para o Rio de Janeiro, tendo ficado tudo sob à responsabilidade de João Manzano.
Naquela época, até a compra dos materiais de construção era geralmente feita em São Paulo. Na região ainda não havia lojas especializadas para grandes quantidades. A ferragem, por exemplo – caixilhos, janelas, portas... – foi tudo confeccionado em uma serralheria em São Paulo, de propriedade de Amadeu Salatini.
João Manzano, enfrentando todas as dificuldades, tendo deixado de lado seus negócios e interesses particulares, venceu todos os obstáculos até entregar o prédio pronto. Como homenagem e reconhecimento, a diretoria eleita, em singela cerimônia, colocou seu retrato na portaria do hospital, concedendo-lhe ao mesmo tempo, o título de “Irmão Benemérito da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Garça”.
Daí para frente, houve evolução, inclusive com a construção do antes chamado “Anexo Psiquiátrico”, que mais tarde passou a se chamar HPIV (Hospital Psiquiátrico “Irmã Valentina”), cuja fachada faz frente para a Rua Baden Powell e fundos com a Santa Casa. O HPIV também é administrado pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia.
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