Sem dinheiro para pagar salários, Sasazaki pede para que funcionários fiquem em casa

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Reunião nesta tarde aumentou ainda mais a apreensão da categoria. Sindicato fala em "rescisão indireta".

A esperança de receber os salários, que estão atrasados há 45 dias, se transformou em frustração aos funcionários da indústria Sasazaki de Marília. Em reunião nesta tarde, a direção da empresa recomendou que todos os operários de fábrica "fiquem em casa" pelos próximos 15 dias. Isso porque não foi possível obter empréstimos visando quitar os vencimentos em atraso.

O presidente da empresa, Leonardo Sasazaki, foi quem esteve à frente do encontro. Ele relatou que buscou empréstimos bancários e ainda não obteve sucesso. Assim, todos os funcionários permanecerão em casa sob o regime de "banco de horas". O prazo pode ser antecipado, caso a Sasazaki consiga levantar os recursos financeiros.

As informações foram divulgadas pelo Sindicado dos Metalúrgicos, a partir de relatos repassados por funcionários, já que a entidade não foi "convidada" a participar da reunião.

Diversos funcionários procuraram o Sindicato preocupados com essa situação.

A orientação preliminar é de que devam procurar o Departamento Jurídico que irá promover a chamada "rescisão indireta" contra a empresa, por não estar cumprindo as obrigações trabalhistas. Amanhã, o presidente do sindicato, Irton Rodrigues (foto), deverá se manifestar oficialmente.

Crise financeira - Em junho de 2019, a Sasazaki já havia feito um corte de 200 funcionários (cerca de 1/3 do quadro que era de 600 colaboradores), devido a crise econômica que o país estava atravessando na época, ou seja, procurando adequar sua "estrutura e estratégia à realidade de mercado", segundo nota oficial.

 

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