O tribunal de júri da 1ª Vara Criminal de Londrina, no Paraná, condenou esta semana, Emerson Henrique de Souza, de 28 anos, suspeito de tentar matar a esposa, a auxiliar de enfermagem Cidnéia Aparecida Mariano, de 34.
Ela sobreviveu à asfixia praticada pelo então companheiro, em 2019, mas ficou tetraplégica após o crime. A pena fixada foi de 23 anos, quatro meses e 10 dias de prisão em regime fechado.
A vida da auxiliar de enfermagem Cidnéia Aparecida Mariano, 34, virou do avesso nos últimos dois anos. Considerada uma mulher alegre e saudável, ela quase morreu após tentativa de feminicídio por asfixia.
Ambos viviam um relacionamento conturbado, de acordo com denúncia do MP (Ministério Público) do Paraná, o que levou Cidnéia a buscar o fim do casamento. Depois de tentar matá-la, ela a abandonou em uma estrada rural de Londrina.
A asfixia impediu o cérebro de Cidnéia de receber oxigênio, causando a perda total dos movimentos das pernas e dos braços. A vítima também não consegue falar. Ela se comunica apenas com o movimento dos olhos e expressões pontuais do rosto.
"Ele não matou, mas acabou com a vida da minha filha", comentou a mãe, Clotilde Marinho, de 64 anos, que acompanhou o julgamento no Fórum de Londrina.
Os parentes dizem que, além de deixar Cidnéia tetraplégica, Emerson destruiu a família. A vítima tem quatro filhos, hoje com idades entre 5 e 18 anos. Eles se dividiram entre casas de parentes.
O MP do Paraná ingressou com denúncia contra Emerson em 2019 pelos crimes de lesão corporal, ameaça e tentativa de feminicídio.
Todos os delitos apontados foram aceitos pela Justiça para serem levados ao júri popular, que esta semana em Londrina.
O réu respondeu apenas às perguntas dos advogados e preferiu ficar em silêncio nos questionamentos do Ministério Público.
Para a família, apesar do "alívio" com a condenação, o tempo de pena fixado demonstra ser desproporcional às sequelas que a vítima carregará até o fim da vida.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288