A Polícia Civil de Goiás descartou a participação do padrasto no assassinato do menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, que foi assassinado afogado na lama em uma mata a 100 metros da casa onde ele morava, em Goiânia.
A conclusão do inquérito indicou uma reviravolta no caso, anunciada pelos delegados. Somente o outro suspeito, o ajudante de pedreiro Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, vizinho da família do garoto, foi indiciado por ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado.
O padrasto da criança, Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, foi preso no dia 31 de julho, suspeito de ter matado o enteado, com a ajuda de Oliveira. De acordo com a polícia, o ajudante de pedreiro disse, a princípio, que foi procurado por Santos para ajudá-lo na morte do menino, em troca de uma moto e um carro. No momento da prisão, o padrasto se dizia inocente.
Nesta terça, o delegado responsável pela investigação, Ernane Cázer, anunciou a mudança de versão apresentada por Oliveira. Segundo o investigador, o rapaz assumiu sozinho a autoria do crime, livrando Santos da participação.
Oliveira teria premeditado o crime e planejado a ação por cerca de cinco dias. O motivo estaria relacionado às desavenças constantes dele com Santos, por questões diversas. Além da vingança, outro elemento foi o sentimento de ciúmes que o rapaz começou a cultivar, ao se incomodar com a aproximação da família do rival com o pastor que o adotou e dono da casa onde ele morava. Conhecido no bairro, o pastor teria dado até ajudas financeiras para a família de Santos.
RELEMBRE O CASO: Danilo desapareceu no dia 21 de julho, e o corpo foi encontrado pela polícia uma semana depois, já em estado de decomposição, em um lamaçal numa mata próxima a casa dele no Parque Santa Rita, bairro da periferia de Goiânia.
Ele sofreu agressões, mas os laudos da perícia concluíram que ele morreu asfixiado, ao inalar a água e a lama do local. Para atrair a criança para o matagal, segundo a investigação, Oliveira teria usado o argumento de que iriam buscar uma pipa que tinha acabado de cair.
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