O presidente do Irã, Hassan Rohani, disse nesta terça-feira (14), que todos os responsáveis pela catástrofe com o avião ucraniano da Boeing, abatido por engano na semana passada por um míssil iraniano, devem ser “punidos”.
Depois da fala do presidente, a Justiça iraniana anunciou várias prisões. “Investigações extensivas foram conduzidas e algumas pessoas estão presas”, disse o porta-voz judicial Gholamhossein Esmaili em declarações citadas pela mídia iraniana. O porta-voz não esclareceu quantas pessoas foram presas.
O Irã, que rejeitou acusações de que um míssil havia derrubado o avião, admitiu três dias após o incidente que a Guarda Revolucionária havia derrubado a aeronave ucraniana por engano.
Rohani descreveu o evento como um erro “doloroso e imperdoável” e prometeu que seu governo investigaria o caso por todos os meios. “A responsabilidade recai sobre mais de uma pessoa”, disse Rohani.
“Os culpados devem ser punidos. Quero que esse assunto seja expresso com franqueza”, afirmou.
A aeronave, que voava para Kiev, capital da Ucrânia, transportava 167 passageiros e nove tripulantes de vários países, incluindo 82 iranianos, 57 canadenses – sendo muitos iranianos com dupla cidadania – e 11 ucranianos, segundo as autoridades. Havia várias crianças entre os passageiros, incluindo um bebê.
O Irã abateu o avião enquanto se preparava para uma possível resposta dos EUA ao lançamento de mísseis balísticos em duas bases iraquianas onde as tropas dos EUA estavam alocadas.
O ataque com mísseis, que não causou baixas nos EUA, foi uma retaliação pela morte em Bagdá do general Qassim Suleimani, o principal general do Irã, por meio de um ataque aéreo americano.
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