Os alunos do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEI) Paulo Freire, localizado na zona sul de Marília, concluíram as atividades do Projeto “Implantando a Cultura da Pacificação: Uma abordagem Interdisciplinar”, desenvolvido pela Universidade de Marília (Unimar) em parceria com o Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc). As melhorias obtidas foram comemoradas pelos professores, coordenação e direção escolar.
O projeto foi criado em 2017 com o objetivo de ensinar as crianças e adolescentes a resolverem os problemas de forma não violenta e a respeitar o outro. Segundo a chefe do Cejusc Marília, Juliana Raquel Nunes, os órgãos gostariam de apoiar as crianças dos bairros mais carentes, após conhecimento dos casos de violência nas escolas.
Na EMEI Paulo Freire o trabalho começou em 2018 com outra turma, também do 3º ano, a pedido da direção. No primeiro semestre deste ano as atividades continuaram. Ainda segundo a Juliana, as atividades sempre são realizadas de forma lúdica para que o aprendizado seja de forma agradável.
As atividades foram realizadas pelos acadêmicos e docentes dos 22 cursos de graduação da Unimar. Luis Carlos de Brito que é acadêmico do curso de Psicologia, afirma que atuar no projeto só trouxe benefícios, pois teve oportunidade de contato direto com as crianças "conhecendo uma realidade diferentes e me impulsionando a trabalhar com diversificados temas".
A docente de psicologia da Unimar, Andreia Bonatti Guarnieri trabalhou ao longo do semestre com atividades musicais e artísticas, objetivando ensiná-las a ter respeito pelo próximo. Para ela foi uma experiência única.
A professora da turma, Luciana dos Santos Moreira de Almeida, conta que as crianças se transformaram ao longo do semestre. “No início do ano a turma era muito agitada e violenta, toda semana havia o registro de brigas entre os colegas. Agora, a gente vê como se acalmaram e se respeitam”, comemora.
Duas turmas da Emei Paulo Freire já passaram pelo Projeto e no segundo semestre o 5º ano irá participar. Segundo o diretor da unidade escolar, Anderson Leão, ele pediu ajuda após conhecer o projeto através de resultados obtidos em outras escolas. “Algumas turmas tinham altos índices de inadimplência e desrespeito, por isso pedimos ajuda. Sentimos a melhora das crianças em pouco tempo, o convívio entre eles agora é mais respeitoso e as questões de indisciplinas diminuíram”, finaliza.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288