DIG divulga detalhes: vítima teria relacionamento com um dos menores e isso facilitou o acesso do trio à casa. Depois de queimar corpo, foram para Bauru com o carro para gastar com bebidas e drogas.
A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) divulgou no começo desta noite que os três adolescentes acusados da morte do empresário Jair Viveiros, de 63 anos, planejaram tudo a partir do relacionamento de um deles com a vítima. E o objetivo era mesmo latrocínio: iriam matá-lo para roubar os objetos e dinheiro. Depois do crime, ainda foram para Bauru "comemorar", gastando com bebidas e drogas.
O crime, que teve grande repercussão na cidade, já que a vítima era muito conhecida (dona de uma boate muito famosa). Os três adolescentes (um de 16 e outros dois de 15 anos) estão custodiados.
Um deles apreendido logo depois pela DIG enquanto que os demais se apresentaram durante a semana. Mas, a DIG só relevou todos os detalhes após ouvir testemunhas e os acusados.
Como foi
Pelo que foi apurado, o mais velho (16 anos) teria um possível relacionamento com a vítima. Valendo-se disso, ele convidou os outros dois comparsas para praticar o crime. Ele fez uma ligação e o empresário abriu o portão de casa, sendo atacado a golpes de faca.
Com a vítima morta, os adolescente enrolarem o corpo de Jair Viveiros em um cobertor e colocaram no porta malas de seu Ford Ecosport, estacionado na garagem. Em seguida, foram até uma vicinal em Vera Cruz, onde colocaram fogo.
"Comemoração"
A DIG apurou que os três adolescentes foram para casa, trocaram de roupa e depois seguiram com o carro para Bauru, onde gastaram cerca de R$ 1,1 mil com comidas, bebidas e maconha.
Só voltaram para Marília na madrugada seguinte e ainda deram carona para duas moças. Elas foram localizadas pela polícia e garantiram que não sabiam do plano.
O veículo foi abandonado e posteriormente localizado pela polícia. No interior, foi abandonada a faca usada na execução, ainda suja de sangue.
Motivo?
Os menores entraram em contradições sobre o motivo que os levaram até á residência, mas a DIG não tem dúvidas de que seria mesmo o latrocínio. Tanto que foram enquadrados neste crime e também de ocultação de cadáver.
Pena??
Mas, o delegado Valdir Tramontini (foto) lamenta que, apesar de todo o trabalho investigativo e levantar provas, os adolesentes ficarão custodiados por no máximo três anos, conforme prevê o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente). Por isso, questiona: "após, exaustivo trabalho de investigação, é o justo?!".
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