Companhia aérea quer levar passageiros em pé

Medida vai contra as normas de segurança de voo e não agradou em nada os especialistas em aviação.
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A companhia aérea colombiana VivaColombia pretende revolucionar o mercado da aviação de uma maneira no mínimo polêmica: permitir que passageiros viajem em pé em voos curtos, com tarifas mais baixas.

O fundador e CEO da empresa Willian Shaw declarou que muitas pessoas gostariam de pagar mais barato para viajar e a companhia não se importaria em permitir que o façam de pé. "Se podem aguentar uma horinha viajando em pé de ônibus por que não podem ficar uma hora de pé em um vôo para Cartagena ou Amazonas?", completou, à rádio Caracol.

Porém, segundo o El Espectador, a proposta é inviável. As normas de segurança em voos são muito rígidas, e viajar de pé não garantiria o bem estar dos passageiros. Questionado sobre isso, Shaw voltou a comparar os voos com viagens de ônibus, afirmando que as freadas bruscas do veículo também são perigosas. 

Apesar de inusitada, essa ideia não é uma novidade. Em 2015, a companhia chinesa Spring Airlines propôs um plano de tarifas baixíssimas para passageiros que se dispusessem a viajar de pé. Cinco anos antes, a Ryanair da Irlanda já havia se interessado pela alternativa, através de um assento vertical adaptável, que seria utilizado em viagens curtas. Porém, nenhum dos projetos foi colocado em prática.

O diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra, rechaçou a ideia. Para ele a proposta é inadequada e discriminatória com os que teriam que viajar de pé. "Não é possível admitir que algumas crianças possam ficar no colo de seus pais e outras por serem pobres tenham que viajar de pé se submetendo a esse constragimento", declarou à rádio Caracol.

A medida vai contra as medidas de segurança, pois até mesmo os tripulantes do avião devem permanecer sentados em uma situação de emergência, já que existe o risco de machucar outros passageiros. "Já imaginou se uma pessoa de 120 quilos viajando de pé cai em cima de uma criança, um idoso ou em alguém com deficiência?", indagou o diretor.

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