Os moradores de parte das regiões Norte e Leste poderão ficar sem água nas próximas horas. O motivo é a quebra de uma peça da bomba do Poço "Águas Marília", localizado no bairro Palmital. Se tudo correr bem, o poço só volta a funcionar a partir da zero hora de sábado (04).

Em nota divulgada nesta tarde, a assessoria de imprensa do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília) informa que "manutenção da mesma leva até 12h e mais 15h para recolocar uma peça nova". Essa operação já começou e, segundo a assessoria, a previsão é de que o abastecimento (caso seja prejudicado) voltará ao normal no sábado de madrugada.

O poço é responsável pelo abastecimento dos seguintes bairros: Fernando Mauro, Lavínia, Jânio Quadros, Parque das Acácias, JK, Castelo Branco, Vila Nova, Palmital (e prolongamento), Vila Barros e parte do Jardim santa Antonieta.

O QUE É - O poço profundo "Águas de Marília" foi uma saída encontrada, em 1997, durante a gestão do então prefeito Abelardo Camarinha (hoje deputado estadual): empresa terceirizada perfuraria poços profundos e o DAEM compraria a água, uma saída -- na época-- para a falta de recursos para investimento da própria autarquia nesse tipo de obra, visando aumentar o abastecimento da cidade O idealizador foi o ex-diretor da autarquia, o atual vereador Luiz Eduardo Nardi.

O contrato firmado foi de 20 anos e estaria terminando agora em 2017. O custo mensal desse fornecimento seria de 400 mil reais. No ano, chegaria a R$ 4,8 milhões, quase o preço de um poço profundo.O poço perfurado pela empresa Águas de Marília entrou em operação em dezembro de 1998.

Segundo levantamento do Observatório da Gestão Pública, ao final do contrato, a autarquia terá pago R$ 96 milhões pela água do referido poço. Com esse valor, daria para serem perfurados pelo menos 16 poços profundos (ao custo de R$ 6 milhões cada)