O médico José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama, está preso há três dias acusado de abusar sexualmente de pacientes durante consultas ginecológicas no Ceará. No interrogatório, o médico confessou à polícia que fez as filmagens durante 30 anos, mas disse que "parou há dois anos". "Ele diz que isso virou um vício", afirmou a delegada que investiga o caso.
Hilson Paiva foi preso preventivamente na tarde de sexta-feira (19), após pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE).
Em uma rápida declaração, o médico tentou se defender das acusações. "É um momento de... não sei nem explicar. Parte delas, a maior parte, era consentidas. Se não fosse, eu não ia chegar aqui e mentir para a imprensa", disse.
O médico continua preso pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. A polícia também apreendeu computadores e fichas médicas de pacientes em Uruburetama. Os 63 vídeos gravados pelo acusado vão passar por uma perícia.
Conforme as vítimas, José Hilson abusa das pacientes desde a década de 1980. As primeiras denúncias ocorreram em 1994, mas o caso foi arquivado. Várias mulheres afirmaram que não denunciaram por medo ou porque dependiam do prefeito para manter emprego ou ter acesso a serviços públicos.
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